Um foto-diário de textos alarmantes; Sonhos partidos, sensações, sentimentos, esterco, pérola, bunda, diamante, cartas, cacos, vasos e qualquer alegoria fora de moda...
São muitos os que falam em fim dos tempos, em destruição e num suposto ponto final na humanidade. O medo dá raízes ao sensacionalismo. O que não entendem é que apenas se trata de uma transição; o dito "apocalipse" já aconteceu, continua acontecendo, todos os dias; basta contemplar todas as calamidades do mundo, em todos os problemas humanos, internos e externos. O que se segue agora é um período de interiorização, para entendimento do seu papel perante seu próprio mundo, uma melhora, que antes fora exercitada em comunhão, será agora exercitada como indivíduo, para que comecemos a experimentar a verdadeira regeneração. Apenas isso. Paz a todos. E uma nova era repleta de luz e esperança.
Um vídeo muito edificante sobre nossa postura pessoal, e que deve nos afetar como se hoje fosse nosso último dia.
Essa minha mania de observar algumas coisas me dá azia.
Os velhos padrões que me irritam. Mas pára só um minutinho pra andar no meu ritmo e tentar entender minhas batidas incessantes nessa porta fechada: Cada dia é uma peregrinação. Um modo estranho de seguir em frente na jornada. Cansei de arrumar a vida em compartimentos; quero espalhar tudo, bagunçar misturar os aprendizados. E dessa forma, buscar algo que seja pleno, quase misticamente falando, um modo satisfatório, quase lendário, de trazer o bem, mesmo que aos poucos, a todos os setores à minha volta. E acima de tudo, com a consciência de querer me manter inteiro. Falta isso no mundo que vejo: simplesmente integridade. Sacrifiquei tantas coisas belas em prol de outras que senti uma estrada que embora fosse reta, estava cheia de buracos.
"...eu gostaria de arrebentar meu coração, para que pudessem sair dali todas as coisas que estão presas... Minhas mãos são estúpidas, tímidas, desconhecidas... Nossos corações são muito melhores que nós mesmos e - entre todos os sentimentos e as maneiras que temos para descrever estes sentimentos, existem mil véus... Quando alguém consegue trabalhar de dentro para fora, vive num estado de constante renascimento. É uma reconstrução diária de si mesmo - e, como já foi dito, o dia de ontem já aconteceu há mil anos atrás..." (Kahlil Gibran)
Ando cansado dos limites, das paredes, das ilusões delusionadas pelo dia a dia automático e enfermo de vidas que se cruzam sem se sentir. Que passam alheias e gratuitas em meio a um emaranhado indistinto de coisas amontoadas. Ganhar muito dinheiro não te preenche quando você não pode se envolver, viver, trocar, sentir, amar Plenamente. (veja bem, eu disse "Plenamente" com P maiúsculo!). Não essas coisas que dão e morrem. Ter em mãos uma coisa que pode chamar de verdadeira, isso sim. O tempo está passando e as multidões andam apaixonadas pelos padrões e etiquetas; não quero ser certo todos os dias, não quero ser cartesiano, não quero ser mensurado nas linhas de palavras formais - muitas delas sem o menor sentido. Não quero o comportamento enformado, cimentado de mil argumentos estéreis de que ser feliz é ser parecido com alguém de perto, ou alguma comédia romântica em que tudo dá certo no final. Quero um risco diferente, uma coisa que me dê gozo e alimente meu desejo, que mesmo tão acorrentado, possa falar suave no crescer de suas asas. Sabedoria não dá diploma, não usa roupa cara, não gasta dinheiro com souvenirs de infelicidade, não cria imagens de ideais falidos de sentimentos. O que fica, no fim, é a capacidade de sentir, se viver, de compreender, de amar e ser amado, de viver o certo pra você, mesmo que todos digam estar errado. "Aprender a compartilhar é o grande dilema do homem moderno" alguém vai dizer; mas o grande porém é abrir sentimentos em torno da vida. Sinto muito por algumas escolhas do passado. É terrível estar bem, confortável, onde não quer se estar. É preciso sacrificar, mas não se pode sangrar o coração. Isso mata, aos poucos. E todo mundo está morrendo, não está? Melhor então pensar no que possa vir a ser eterno. Para o resto, Deus ajuda, a gente reza.
Dando segmento ao meu resgate de músicas velhas, lembro que sempre ouvia essa mulherzinha linda quando estava mal por conta de alguma coisa que não estava indo bem. E hoje - adivinha só - ela bateu, com voz mansa, na minha porta...
"O meu amor eu guardo para os mais especiais. Não sigo todas as regras da sociedade e às vezes ajo por impulso. Erro, admito, aprendo, ensino. Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade." Ou seja, é sempre você quem escolhe o porquê! Os fins não justificam os meios, mas o que vale é sempre a intenção... e como um ser pensante, és plenamente capaz de julgar. O julgamento do outro é de fato incerto e vago mas o de si é sempre certeiro! A culpa é a indigestão dos incorretos.
"É tão bom quando a gente consegue entender e aceitar os efeitos em nós dos equívocos dos outros. É uma sensação tão suave de plenitude e liberdade, porque acabamos mesmo é por enxergar o quanto é bom não ferir, possuímos naquele momento toda a clareza do fato de que a dor de quem fere é muito maior... e, por isso, machucamos menos e perdoamos mais e, por isso, somos mais felizes, porque antes mesmo ser ferido do que ferir alguém. O que o outro nos impõe por dor ou desconhecimento das leis da vida é muito mais simples de vencer do que o que nós impomos aos outros pela nossa dor ou desconhecimento das leis da vida. ... Conviver com uma ideia até que ela adquira maturidade o bastante para a concretude de sua realização exterior, muitas vezes, exige mais do que a sua própria concepção, vez que esta se dá de forma tão natural que até chega a parecer espontânea e a outra exige paciência, repeito e até um certo desprendimento de si para não maculá-la em sua essência. "
Esse trecho é de Marcelle Souza Felix. ...e ela também sabe. Obrigado a minha parceira dessa e de tantas outras jornadas, pelas palavras de sempre, de conforto, coragem e confiança, que são um bálsamo para as adversidades da vida. De pouco em pouco, vamos chegando, à medida que superamos lentamente os espinhos do abismo.