4 de jun. de 2009

- Não somos senhores de nada, nem de nós mesmos! -



"Nada lhe posso dar que já não existam em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo".(Hermann Hesse)




Eu vejo que nesse mundo tem gente demais acreditando em milagres, em reformas súbitas e místicas, profundamente figuradas e cheias de devaneio. ("infeliz mente")


Muitas palavras, poucas ações. Pouca confiança na própria capacidade de transformar o mundo a sua volta e destroçar esses demônios que insistem em ressurgir das cinzas sempre com o mesmo rugido odiento e insolente que tanto nos impede de ir em frente.




Sinto, e mesmo me sabendo também vítima desse freio feio e fosco, me reviro nas cordas da incerteza. Mas as pessoas se acostumaram! Se estagnaram e assistem as dores alheias como se fossem espetáculos de seus semelhantes, ou qualquer coisa berrante, que chama a atenção ao ver, simplesmente. As ações ficaram geladas em alguma parte deserta da mente.


O frio está chegando, e isso sempre me deixa pensativo. Ficar encolhido ou recolhido sempre remete aos pensamentos (muitos deles profundos, quase sempre). E no auge do frio austral, observo pasmo a união destruidados pensamentos, dos grandes depósitos deexpectativa em causas perdidas, ou ainda as tantas vagas idéias que devagam na ruína da certeza de um futuro melhor.


Sempre goste de cruzar vivências minhas, pessoais, com o resto do mundo. O resto das pesosas, e a forma como se comportam. Acho que é a minha maneira de não enlouquecer de vez; emu limiar de sanidade. E vejo que de fato, mesmo com a certeza de não estarmos sozinhos, a solidão interna é o maior sentimento dentro do coração dos homens.


Rodrigo S. - 3.6.2009

(Não é pra deprimir,é só pra abrir os olhos e mudar!)