OBS: O texto abaixo, bem como suas argumentações são "ironias sérias" e fatos históricos que podem ser conferidos em estudos, enciclopédias, artigos, publicações e documentários. Levar para o lado pessoal, especialmente se seu lado pessoal também for o de um cristão, bitolado, fanático religioso, é indiferente. De verdade. Minha intenção não é causar, nem disparar indiretas. Se você se identificar com alguma crítica, apenas reflita, não rebata. Feliz "natal".
Não quero ser chato. Não quero ser pessimista. Aliás, pelo contrário. Estou esse ano num clima de festas onde estou indo muito além do óbvio. Faço, aprovo, cresço e farei muito mais. Entenda...
Primeiro ponto: Se celebramos o Salvador, Cristo, as maiores lições de Cristo não foram a humildade e caridade? Então, pra que essa ostentação, gastos, excessos e consumismo vazio...? Não entendo por que essa febre consumista num período que, em tese, deveria representar paz e resignação; - "Ah, mas a celebração envolve ritos de prosperidade e fartura mimimimi..." - disse o porrista-capitalista alienado que vai à missa todo domingo. Pergunta: e o próximo?
Entrei em algumas campanhas de natal nesse ano, especialmente com crianças, e também tive a sorte de ter contato com muita gente que fez o mesmo. Se vocês soubessem a quantidade de gente necessitada de coisas BÁSICAS, enquanto você choraminga o preço do PS4 e do novo iPad... crianças, idosos, gente carente de tudo - e não me venha com esse "papo-aranha" de que estão na "zona de conforto", pois quem está confortável é você cidadão, que dorme na cama quentinha e tem planos pro futuro. "Não tenho nada com isso!" replicou o bom cristão. Ok. Então não me venha com oração nem esse discurso furado de salvação em Cristo. Não cola amigo(a). Fazer diferença dentro de casa não conta. Seja você santo de casa, do pau oco, ou mais um desses que fazem vista grossa pro mundo. E não é preciso ir longe.
PS: Se fosse pra abraçar filosoficamente uma religião, eu viraria judeu; as celebrações possuem significados muito mais profundos e honestos. Mas isso é outro papo.
Segundo ponto: José e Maria JAMAIS em nenhuma época (a não ser na era glacial...) poderiam atravessar o trecho desértico num burro (ou mula, como queira!) durante o solstício. O trajeto só pode ser feito dessa forma no equinócio (primavera ou verão) dentre várias evidências históricas, incluindo um certo alinhamento de planetas e um cometa que triangulavam diretamente em Belém nesse período do agora chamado ano 0. Jesus - um cara maneiro - nasceu em setembro, período de clima ameno e condizente com a famosa conjunção planetária (quem quiser conferir pegue um bom simulador de eventos celestes e volte à setembro do ano 0, especificamente pelos arredores da Galiléia).
Terceiro ponto: Sou mesmo anti-religião. Todos sabem que minha amiga(?) a santíssima(?) Igreja Católica Apostólica Romana, assim como a Ortodoxa (onde a coisa é mais descarada ainda), que sufocou e queimou o paganismo e diversos ritos e deidades por séculos a fio - não que os pagãos também não tenham sido bárbaros cruéis e insanos celebradores de coisas que pediam sangues de bebezinhos e vaquinhas em altares! - celebram os santos nas mesmas datas e períodos de celebração dos Deuses Gregos. A própria imagem dos santos e maioria das tradições cristãs foi cunhada sobre mitos pagãos do panteão greco-romano. Como com as invasões Bárbaras (Alemães - fazendo merda desde... muito tempo!) a coisa virou toda uma orgia de culturas; como o sol, que aparece bem menos ou até desaparece por meses no inverno nórdico é frequentemente associado às divindades da Luz e da Vida, perdão e da renovação, eram celebrados através de fogueiras e objetos decorados pendurados em pinheiros (...). Mas isso não tem absolutamente nada a ver com seu reveillon nem com sua decoração em seu pinheiro! rs...
Quarto ponto: Mas pior mesmo é a história do velho barbudo; Haviam vários rituais transitórios onde o menino ou até alguns homens deveriam sair nas geadas glaciais de dezembro e matar uma chamada besta das neves, que conhecemos como urso branco polar - protagonizou vários comerciais da Coca Cola e hoje está em extinção graças ao degelo nórdico. Obviamente a pele do animal era arrancada e nosso "herói" voltava vestindo a parte interna da pele de nosso amigo urso de encontro a sua, e com a parte ensaguentada da pele virada para fora. Nos punhos e extremos da "roupagem" formavam-se aqueles tufos branquinhos de pêlo de urso em contraste com a pele ensanguentada do bichão morto. Qualquer semelhança é mera coincidência(?). Velho safado.
Quinto ponto. Todo mundo sabe que toda divindade associada ao Sol era também associada à riqueza, poder, excessos e beleza. Mesmo que tudo seja efêmero. Assim como seu 13º salário é. Vamos voltar à modernidade: sabia que 70% dos inadimplentes brasileiros comprometem fatalmente seus ganhos nessa época? A significância da festa soa mais como consumista, marqueteira e uma grande campanha de vendas pra sustentar nossos comerciantes. O Deus sol criou a Black Friday com a ajuda da desditosa da Lillith - em quem ele dá uns pegas de vez em quando... Criaram também todos esses magazines com essas promoções "imperdíveis" pra você, especialmente. Agem juntos, com essas "imperdíveis" oportunidade de negócios muito bem fechados. Há quem diga que seu Hermes e dona Laverna tenham sua cota de culpa. (...)
Por fim, prezados: não caiam nos encantos do Deus Sol! Ele preparou uma grande armadilha pra nós, latinos, brasileiros, que somos estuprados diariamente com impostos gigantescos. Devia ser inveja de alguma divindade Inca ou Indígena que se fixou por aqui; afinal eles eram bem mais condizentes, inteligentes e avançados.
Brincadeiras à parte, espero que essa simbologia mitológica e meio louca possa acordar-nos para um novo renascer de filosofias, objetivos, altruísmo e consciência de si e do outro. Espero que ajude a encontrar uma resposta do "quem sou eu" de cada um, na história, na filosofia e nos pensamentos; na vida mesmo, porra! O que você faz de diferente?
Gente que choraminga com depressão, enchendo a cara de remédios e dizendo que sua própria vida não presta: que tal uma visitinha a um orfanato, ao INCA, ou a um asilo? Que tal se engajar em causas sociais, em ajudar quem precisa ao invés de ficar se queixando do governo, dos impostos ou do seu IPVA?
Espero, de verdade, que também tenha induzido cada um de vocês a pensar... uma sociedade melhor, da qual tanto carecemos, necessita pensar mais para ser menos manipulada pela mídia e pela política e pelo desejo diário alimentado pelo marketing desenfreado de ideais de aquisição e sucesso baseado em dinheiro e matéria.
Espero ter somado, e desejo, nesse último mês do ano, que se possa somar ainda mais, e despertar uma consciência maior de passado e futuro. Melhor que isso: uma consciência de necessidade, de prioridade, de amor, caridade e do que talvez seja, em essência, a verdadeira salvação de nosso mundo, o despertar de uma era de onde a salvação vem de dentro para fora, e não o contrário.
Feliz NOVO! Que o novo, seja realmente NOVO!