22 de jun. de 2015

Sem fôlego (ou "a canção do impar")


Eu ainda sou capaz de apostar, que no final, ninguém vai me ajudar. Tudo que queria era só um lar, pra pousar meu ouro, e recuperar o ar. No final eu sei, no final, ninguém vai me ajudar. Desatinei, quando desejei o mar. A tempestade tremeu meu navio. Quase no fim do  afundar, ninguém vai me ajudar. Se o céu, pra voar,  minha bandeira era uma estrela, o silêncio minha casa. De lá via o fim, o horizonte acenar. No final, somente meu reflexo, porque ninguém vai me ajudar. Almíscar, dólar, tear e bar: e ninguém para ajudar. Sou de mim meu avatar: ninguém vai me ajudar.