5 de ago. de 2016

Perdas e danos

O tal do amor é um perigo. Dos grandes. Ele te deixa quando você menos espera, e volta quando você menos pondera. Some quando você segue. Até seca, mesmo regando. Amar é contra as regras. É contra as leis da física. É o ponto fora da curva. É a curva sinuosa na beira do abismo. Amar é louco demais. Mas não importa, viu? Os abismos, as curvas e as ausências. A destruição que se segue pela recriação. Amar faz com que eu me recrie. A cada dia de um jeito diferente. 


Então é desse jeito que as peças se movem no tabuleiro: levei trinta anos pra aprender a jogar. E como eu perdi viu... Como eu perdi. Tempo. Espaço.Tramas. Traumas. Banquetes. Tudo. Agora eu peguei um pouco do macete. E "lá vou eu de novo, feito um tolo." Com a lua guiando meu corpo, eu sou um lobisomem sentimental. Uivo. Mato. Morro.


Vou seguir como posso. Não tive muito o que ganhar até hoje. Não tenho muito pra perder também. Vou seguir. E sigo. Não até que a morte separe, nem até que a separação mate. Mesmo você já sabe: esses clichés não cabem. Amanhã vou aprender mais. Um caminho se encerra essa semana. Com ele, o benefício do amor próprio. Finda o fim de uma jornada incrível. Você nunca vai acreditar, na realidade, no quanto você precisa perder para realmente ganhar.

Fly high!