Um foto-diário de textos alarmantes; Sonhos partidos, sensações, sentimentos, esterco, pérola, bunda, diamante, cartas, cacos, vasos e qualquer alegoria fora de moda...
13 de set. de 2017
Encontro com Tetis...
26 de ago. de 2017
Agosto/2011 - O bardo sussurrou a história que se repetia para sempre no limbo de todas as coisas.
- Vamos; é hora de descer as escadas desse degradê de emoções e sensações. A subida tinha a minha mão. A descida não tem corrimão. A cada degrau uma emoção que deixamos para trás, a cada janela uma memoria perdida. "A fonte do esquecimento está à esquerda da porta do inferno". Bebeis, diariamente, goles homeopáticos. Já anoitece. Pouca coisa mudou. Do dia nublado herdamos a escuridão profunda e crescente do tempo e seu beijo lento, forçado e inevitável. Não há lua nem romances, nem luzes ou nuances. Há aquele medo quase digestivo de quem sente muito e fala pouco. Avançam as horas. Os ponteiros já não podem mais sincronizar as batidas do coração, agora cansado e faminto. Melhor tirar a mesa, melhor lavar essa louça suja e deitar, pra sonhar que ainda estamos acima das nuvens. Viver só seria mais justo se fossemos filmes, cada um de nós, películas giratórias de quadros infinitos e fatos congelados, retornáveis, pausáveis e repetitíveis. Cada rua um roteiro, cada memória um cenário - sem diretor! Porque aqueles como nós já estão exaustos da ordem. Mas o Sol pomposo ilumina a ordem da realidade e cega os sonhos e pesadelos, afasta os demônos e queima os vampiro. Encerramos as mágoas a cada pôr-do-sol, cada lençol, cada ambiguidade escondida nos milhares de recomeços que diariamente ignoramos. Ambígua é a vontade de quem deseja e não alcança, de quem corre e não descança, descalçado de esperança. Minha história, chata e enfadonha que faz torcer narizes, é contada nos vitrais e janelas desse templo, dessa escada, que continuamos descendo sem trocar olhares. Apenas esticando verdades em palavras. No final, lá embaixo está o barco. Num porto. Caronte, moeda e incerteza. Não há nada de seguro nesse porto: o destino é afinal outra paisagem da mesma história. Tece-se, assim, vossa memória. - R.
Agosto/2017
14 de jul. de 2017
Brilho fosco da madrugada
30 de jun. de 2017
Anjo triste
27 de jun. de 2017
Não vá se perder...
13 de jun. de 2017
Conclusão meio-meia-noite
5 de jun. de 2017
O amor, segundo Rodrigo Simões
8 de mai. de 2017
Desabafo global
Eu fico um pouco irritado com "como você consegue gastar tanto pra viajar?" Não consigo. Mas digo a vocês: caro é combo de vodka na balada. Caro é ipva. Caro é roupa de marca. Caro é trocar de carro sempre. É ingresso Vip. Marlboro vermelho. Caro é querer ter uma casa grande e super bem decorada. Caro é se afirmar através da aparência. É dinheiro em poupança. Caro é trabalhar pouco... Você paga o preço das suas escolhas. Eu adoro pagar os preços das minhas. Se você não gosta das suas, não me julgue. 😏
6 de mai. de 2017
A revelação do mestre
Receber... (O Deus que brota de si)
Revelação: chackra coronário. Aceite. Receba. Há ainda pessoas que precisam de opiniões cegas pra se sentirem melhores. Que precisam de flertes vazios pra construírem suas opiniões sobre si mesmas através do superficial. Que para serem qualquer coisa vão eternamente necessitar do aval de estranhos. Só se sentirão bonitas com elogios vazios. Criam conceitos errados da própria imagem. Isso esmaga os sentimentos. Cria a frieza. O orgulho besta e o falso senso de superioridade. É a chaga do mundo moderno: precisar se sentir desejado para se afirmar como indivíduo. Entenda, e não me entenda mal - essa afirmação precisa ser individual. Precisa ser emitida, não recebida. Perder-se nas opiniões e conselhos-padrão só conduz à má condução das prioridades. É cada vc mais comum: desonra; destrato. Destruição de coisas verdadeiramente nobres. O Deus da nova era é o Deus que brota de si. A lotus de Buda. A energia que verdadeiramente guia o universo com propósito. Seja, em si. Não importa como. Não importa a barreira. Desde o dia de seu nascimento, você não precisa de mais ninguém para ser. Então seja. Caminhe através do véu. Entenda que a luz da qual você protege os olhos é a mesma que vai iluminar seu ser. Não existe nada demais nisso. Não se perca na ferida desse mundo, Rodrigo!
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O cuidado maior
2 de mar. de 2017
Sobre a superficialidade
25 de fev. de 2017
Uma nova epifania
26 de jan. de 2017
Causa Mortis: indiferença
13 de jan. de 2017
Se puder sem medo...
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim o meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás a porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente mas eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava
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12 de jan. de 2017
11 de jan. de 2017
She comes...
Ela sempre aparece.
Ela sempre vem.
E minha tormenta começa...
De minha prisão, eu podia ver. Eu podia vê-la me espreitando. Refletindo.
Quando a lua se enche de brilho é que as vozes ficam mais altas...
Oração em vão (capítulo final)
7 de jan. de 2017
4 de jan. de 2017
#1941
"Tenho a certeza de que estou novamente enlouquecendo: sinto que não posso suportar outro desses terríveis períodos. E desta vez não me restabelecerei. Estou começando a ouvir vozes e não consigo me concentrar. Por isso vou fazer o que me parece ser o melhor.
Deste-me a maior felicidade possível. Fostes em todos os sentidos tudo o que qualquer pessoa podia ser. Não creio que duas pessoas pudessem ter sido mais felizes até surgir esta terrível doença. Não consigo lutar mais contra ela, sei que estou destruindo a tua vida, que sem mim poderias trabalhar. E trabalharás, eu sei. Como vês, nem isto consigo escrever como deve ser. Não consigo ler.
O que quero dizer é que te devo toda a felicidade da minha vida. Fostes inteiramente paciente comigo e foi incrivelmente bom.
Quero dizer isso — toda a gente o sabe. Se alguém me pudesse ter salvo, esse alguém terias sido tu. Perdi tudo menos a certeza da tua bondade. Não posso continuar a estragar a tua vida.
Não creio que duas pessoas pudessem ter sido mais felizes do que nós fomos."