"Para começar a contar essa história, terei de voltar no tempo, muito tempo. Ainda é tão incogitável a nós homens voltar no tempo que a impossibilidade da lógica parece ferir toda realidade. É nesse momento que a vidraça se quebra. É nesse momento que o vento bate no rosto e voce começa sumariamente a entender o que voce é. O passado, tem todo peso que merece - e tenho muita pena de quem venha a discordar. Para falar de dores é preciso viver o passado, presente debaixo da pele; e não há nada que se goste mais de fazer que falar de dores. As dores alimentaram grandes descobertas da humanidade. Fizerm os cientistas com grandes descobertas. Fizeram os filósofos com grandes observações. Fizeram os romancistas com grandes emoções. Fizeram os viajantes com grandes descobertas. Desde a dor que se interpunha entre o navegante e sua amada, a princesa e o plebeu, as famílias que se odiavam, as paredes e muros que desenharam o mapa do desespero onde se encontram enterrados - no fundo de poços - os maiores dos tesouros; a resposta real e intransponível para "quem é você?".
Num momento, me senti estranho. Me senti cavando velhos fósseis de coisas mortas, mas coisas mortas não matam voce ainda que sejam fantasmas. A vida não pode ser um filme de terror.
Então percebi que tudo que passa fica mais vivo que nunca dentro da sua alma. O passado é uma ilusão para ignorarmos o que passou, por ter acabado, por não ter-nos feito o bem que julgamos necessário. Mas na realidade são passos que definem tudo que virá à frente. Portanto se há uma mensagem a ser compartilhada aqui, que seja essa. "Valorize o que você sente sem rótulos sociais!" Nos desapegamos das coisas que amamos por darmos em conjunto um fim a elas. Essa é a grande piada do mundo moderno: desistimos de coisas importantes por coisas que subitamente passamos a julgar mais importantes. Uns, por definição, caracterizam isso como inteligência, como renovação... Mas num mundo onde tudo é descartável, onde todas as coisas se tornam obsoletas, perdemos a própria capacidade de nos sustentarmos para definir o que não nos é mais útil como lixo. Os alertas ecológicos estão aí para nos sensibilizar disso; mas e se tirássemos nossa visão dos objetos inanimados? E se, por um instante apenas, pudéssemos reciclar sentimentos, formas de amar, de pensar, de agir, reaproveitar pessoas? Valorizar as coisas que em um momento, nos foram tão importantes ao invés de apenas usá-las e nos livrarmos delas?
Meu avô guardava tudo. Lembro que todos reclamavam. Ele consertava coisas, renovava e vivia feliz assim. Talvez, esse traço não seja ruim como todos categorizam. Não posso considerar natural certas pessoas entrarem e sairem de nossas vidas, a cortina se fecha, o aplauso se faz, mas eu não sou ator; e minha vida muito menos pode se tornar uma peça - apesar da conotação escrota de "novela".
Então, mesmo inserido numa história egoísta agora, cheia de "eus" e "mins", espero de todo coração que você possa encontrar algo de bom daqui. Que voce possa dscobrir que há muito mais coisas envolvidas nas escolhas, nos medos, nos receios, nas confusões criadas por nós mesmos. Que sentir medo não tem nada a ver com ter coragem - são duas coisas absolutamente diferentes e independentes. Que todo defeito tem conserto, quando se fizer o esforço de consertá-lo. Assim quem sabe, haja menos poluição quando olharmos pela janela? E poluição meus caros, infelizmente, virou moda! Mas não será a minha..."
Rodrigo S.
Um foto-diário de textos alarmantes; Sonhos partidos, sensações, sentimentos, esterco, pérola, bunda, diamante, cartas, cacos, vasos e qualquer alegoria fora de moda...
17 de dez. de 2010
15 de dez. de 2010
(Angústia, assim mesmo, entre parênteses. Pra não incomodar.)
Hoje tinha um imã na minha mesa... faz tempo que não brincava com um. Me lembro de dias em criança que me encatava muito com imãs. Capazes de atrair coisas frias e mortas que são os metais, com uma força invisível. Passava horas manipulando todo o metal que encontrava com quele objeto estranho, que me dava o poder de mover moedas, parafusos, e tudo que era de ferro. Ficava encantado, mas o encanto durava pouco. Logo me entediava de atrair metais frios e gelados, mesmo tendo aquela força quase mágica nas mãos. Bobo, mas mágico. E mesmo usando essa mágica atração, só conseguia atrair metais... era mágico, bonito, singelo, Porém gélido, sem vida, sem toque, áspero...
Uma análise: nossos imãs são tão diferentes assim?
Ah, as escolhas! Nos matam e nos ensinam a viver...
Uma análise: nossos imãs são tão diferentes assim?
Ah, as escolhas! Nos matam e nos ensinam a viver...
21 de nov. de 2010
Fragmento de uma conversação - "Total Eclipse of the heart" (Da série de papos cafonas!).
Fragmento 1: (...)Sempre acreditei nisso, desde que nasci; se eu sou capaz de suportar o amor de um amigo que será pela vida inteira, sou capaz de amar alguem pelo resto da vida. E é isso q quero - não aceito menos q isso! Só que as pessoas correm qdo na verdade tem q ficar e enfrentar.Eu sempre fikei e enfrentei mas não é uma luta que se vence sozinho, por isso sempre perdi...
Fragmento 2: (...)Fico olhando amores como os de alguns de nossos pais, avós, todos recheados de problemas que consideramos imperdoaveis-mas eles sempre
estão ali, se resolvendo - juntos, e vencendo. Esse é o verdadeiro segredo! Hoje em dia a gente acha que tudo é consumível e descartável. Eu sou humano, não acordo com a cara linda, não sou feliz todos os dias... mas ajustado, posso lidar bem com isso. O problema é que o mundo anda desajustado!
6 de nov. de 2010
Desgovernado
O nome é "Desgovernado".
"De vela alta, navegar.
Saiu sem tomar café, como fugitiva de meu cárcere privado pervertido e desalmado!
Deixou uma rosa e minha cama feita! E um bilhete sem adeus, com seu cheiro nos lençóis, que agora desconheço, de tantos cheiros, tantos aromas, tanto doce e tanto féu, tantos sabores... eu desfaleço, e molho o quarto com lágrimas de água salgada.
Do meu mar desvirtuado, de meu barco desgovernado... sem porto, sem ondas, sem amanhecer: de areia elouquecer; de pés cansados, agora, adormecer."
Epílogo do fim descomeçado
Eu espero que leia, pois essas são minhas ultimas palavras e são para você.
Se brigamos, jogamos pra fora as mágoas que estão por dentro antes que criem raízes. Mas o silêncio me fere! Brigue comigo, mas não fique calado... Não suporto a voz do silêncio quando sinto e sei que há tanta coisa que poderia ser dita...
Depois do dia em que te conheci, passei a ser de eu para nós. Agora preciso reaprender a ser uma metade perdida em busca de si mesmo. Serei de nós dois a parte que se desprendeu e caiu... que ficou perdida e desamparada, despencando de algum lugar que não tem fundo. Será que a vida não acaba quando um amor acaba?
Poderei ser teu amigo, o melhor que você já teve, só não me diga pra deixar em pausa meu amor. Ele não saberia ficar ali parado, ainda que eu amputasse de mim mesmo. Talvez ele apodrecesse como uma parte do meu corpo... Mas você quer um amigo, não um coração perdidamente apaixonado por você. Não prometo nada, não posso: nunca aprendi bem a separar essas coisas... Me despeço sim, desse amor, para que nasça qualquer coisa que me faça levantar, embora duvide muito. É mais fácil procurar um ombro amigo que um coração amoroso quando se está infeliz. Pelo menos para alguns... não é o meu caso, infelizmente...
Então derramo meu amor nessas palavras finais. Comigo, lindas lembranças de tudo o que vivemos, que serão agora que nem as gotas da chuva no vidro, enfeitando a janela para que o sol venha secar; um momento sem futuro.
Digo ao meu coração para que não fique triste. Mas ele se escondeu na entranha da ruína do que me restou do espírito para não me ouvir. Amanhã serei apenas um alguém mais no caminho do amor desencontrado. Mas... por você, com você, era e sempre foi para você, unicamente.Pode chorar mas não desperdice muitas lágrimas. Guarde nossos sorrisos e nossos abraços. Sabe o que eu mais queria agora? Que você tivesse escolhido a mim... isso me faria a pessoa mais feliz desse mundo. E isso é também, algo que sei que nunca terei. Desculpa por hoje, desculpa por ontem, desculpa por dizer coisas que não queria. Me sentir ferido de novo me faz fazer isso. Seja o que for que me aguarde, eu preciso seguir. Preciso ir. Nunca senti a dor de perder totalmente as esperanças num sentimento, mas é isso que estou sentindo agora. E, pelo amor de Deus, tudo que estou fazendo é te dizer a verdade. Nunca seremos nós, será sempre eu e você com tudo que nos couber. Você deve ter coisas tão mais importantes pra pensar nesse momento, desculpa por dizer essas coisas assim. Mas é que está doendo e eu não posso evitar, não há como evitar. Não há forças pra me evadir disso, tomou conta de mim por inteiro. É um veneno que já não dá mais pra cuspir: chegou ao coração e ficou.Espero que você faça o certo de agora em diante, já que pra você eu fui um erro tão desimportante a ponto de ser descartado; já que nosso amor é algo tão pequeno e desinteressante que pode ficar pra depois.
Te amo. E por te amar, Adeus.
1 de nov. de 2010
Nossa gota d'agua...
(...)Enquanto liam, ao mesmo tempo, os dois, uma carta meio figurativa, de texto insano e subentendido, místico, meio maresia, meio onda, meio tsunami sabe? Meio destruição, meio lírio... Um tabefe na cara! Um tabefe nunca fica sem perdão...
Aí de repente surgiu aquela pontinha de dúvida, do tamanho de uma pulga, suada e suja, que incomodava que nem sujeira. Uma dúvida inconsistente de como poderia ter sido juntar nossos caminhos num só, de como seria não ser tão suscetível às coisas da vida que já sabemos, desde pequeno, que são más e perversas. Mas desentendemos... inistimos em desentender, tudo. Até de como seria saber sentir de maneira honesta e plena, de como seria amar humano, amar inteiro, amar de fato. Amor besta, esse, que só traz devaneios e subornos de si próprio, amor escroto do caralho, que suprime a própria ida e vinda num desterro de mágoas e transtornos. Mas que ainda assim era perfeito. Só um pouco empoeirado, mas perfeito.
E aí? Aí passou. O que mais tem no mundo é gente que gosta de sujeira.
Rodrigo S.
Resolvi hoje postar só Caio F. Abreu; por não ter disposição pra achar palavras em mim e me acomodar na idéia de que isso já foi feito...
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."
"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."
"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada."
"Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, noites afora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não consegurás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro estranho o cheiro preciso dele(...)"
"Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo!"
Caio Fernando Abreu
9 de ago. de 2010
E não dou mais confiança pra ninguém com asas e auréolas!
Foi em 25/05/09 que ouvi:
"Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos."
É de Confucio... e também, confuso. Mas vamos organizar e refletir a realidade nua...
Creio que passamos muito tempo esperando o melhor das pessoas e desperdiçamos muita energia nesse processo.
Nosso potencial não depende de ninguém, muito menos daqueles que não correspondem às nossas expectativas.
Depende apenas de nós mesmos e as vezes de um pouco de sorte.
Esperar sempre o melhor do outro é burrice. Nossa felicidade só depende de nós. E felicidade mesmo está no aprendizado - que não ocorre sem o erro.
Os pobres de espírito sempre me condenam sempre que encerro algum ciclo de minha vida... talvez porque eu seja muito drástico em certos pontos e agudo em outros... e mais ainda inflexível em voltar atrás. Eu admito.
Sempre que opto por momentos de individualidade, quando estou em busca de mim emsmo, enfrento o cruel
e delinquente cravo da opinião alheia.
Me busco porque quero ser melhor. Quero mover montanhas dentro de mim apara iluminar as sombras.
Amanhã serei melhor.
E por favor - há muita concha por aí achando que é pérola, e esquecem de buscar o seu melhor por dentro.
Lamento profundamente pelos que exigem demasiado dos outros, e fazem tão pouco por si.
Vamos derrotados das circunstâncias: desdobrem seus espíritos e se encontrem de verdade!
Rodrigo S.
5 de ago. de 2010
"Tristão e Isolda..." (Uma das coisas mais perfeitas que já li...)
"Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve!
A sedução me escraviza à você ...
Ao fim de tudo você permanece comigo, mais preso ao que eu criei e não a mim .
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa ....
Você não tem um nome , eu tenho...
Você é um rosto na multidão , e eu sou o centro das atenções , Mas a mentira da aparência do que eu sou , e a mentira da aparência do que você é .
Por que eu , eu não sou o meu nome, e você não é ninguém ...
O jogo perigoso que eu pratico aqui , ele busca a chegar ao limite possível da aproximação.
Através da aceitação , da distância , e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa ...
Eu quero que você me veja nu , eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada , te denuncia , e te espelha...
Eu me delato , tu me relatas...
Eu nos acuso , e confesso por nós.
Assim , me livro das palavras,
Com as quais você me veste ."
PRECISO -MESMO - REAPRENDER VELHAS LIÇÕES... PALAVRAS ANTIGAS, NUNCA ANTES TÃO PRESENTES...
Mesmo assim, mesmo ( ou O soneto da redenção )
Mesmo se perder-se todas as alegrias apararentes
Alegrias de verdade nunca se perdem.
Mesmo que o dia amanheça cinzento ou faça frio
O Sol ha de voltar;
E se chove pois, ainda nuvens há
E mesmo que seja noite as estrelas estão sempre lá...
Mesmo que os instintos gritem pelo mal,
O bem é a única verdade.
Mesmo que haja saudade ou cidade:
Saudade é prova que foi bom.
Cidade é toda parte.
E mesmo na dor da partida...
Que venha a certeza sutil!
Pois mesmo para a chave há o portão.
Mesmo que haja o erro,
Se não há desculpa há o perdão
-por vontade ou por condenação!-
Mesmo que não tenha havido amor,
O desejo de amar fará que ame verdadeiramente cedo ou tarde!
Mesmo que não haja desejo,
Haverá outras tantas formas de se estar!
E que mesmo ainda não seja suficiente o tempo,
O espaço nos oferece o infinito;
O coração a eternidade de vidro.
Se mesmo assim não for lição,
Vale um sonho ou a doce rima que são...
Mesmo que haja decepção.
Seja vivido e aprendido então!
Mesmo que tenha que correr, os ponteiros correm mais...
A fenda das horas consome a lembraça, vendo e desvendo:
E leva consigo o sentimento...
Mesmo que amanhã se julgue perdido,
A manhã será encontrada!
Mesmo que se fechem as cortinas antes de nossa entrada.
Mesmo assim, sempre seremos.
Por Rodrigo S. em 3.2.2008
1 de ago. de 2010
Sobre epitáfios, epifanias, vinho tinto e reticências...
ATENÇÃO: OS TEXTOS E CITAÇÕES ABAIXO PODEM PROVOCAR VERTIGEM PARTO PRÉ MATURO, INSÔNIA, DELÍRIOS E INCONSCIÊNCIA TEMPORÁRIA!
Essa busca desesperada pelo sentido de qualquer coisa... e olha que são tantas coisas pra entender que me sinto cada vez mais burro! Mas a longo prazo isso passa; é um lapso que brota de repente sem que se peça, um despedaço da realidade onde acabo olhando pra tudo e perguntando "-...o quê?" Com tom de revolta mesmo... E fica aquele ar de coisa, de coisa pensada, premeditada - mas não é. É súbito que nem chuva de verão (daquelas que estragam nosso dia de praia).
Tenho que adimitir que sempre fui guiado por fatos, com a premência de benficar e inspirar, ações baseadas em fadas, em contos e às vezes até em bruxaria. Com coisas que passam da medida, esfriando cadáveres e conservando palavrinhas pra escrever os epitáfios.
Veja bem, eu não sei se você está me entendendo, ou se estou criando alguma coisa vaga demais pra ser alcançada, mas vivemos fazendo coisas bonitinhas pra depois enterrar em velórios intermináveis, de tantas coisas que enterramos por aí; talvez esse texto seja só mais uma dessas flores de finados que servimos aos vermes sobre todos os túmulos de tumultos que resolvemos sepultar. E enterramos com o mais belo e frio dos epitáfios! O segredo mesmo está em enterrar esse serial killer dentro de mim - que enterra os fatos - e deixar certas coisas, mesmo que meio mortas, meio vivas, sempre num lugar visível, como um mural de souvenirs de coisas que ou você esquece, ou aprende com elas. Estátuas não falam, mas existem para serem admiradas e mais ainda pra lembrar certas pessoas.
Ponto final... Final. Porra!
Quanto aos vinhos e queijos sempre estiveram aliados às viagens... Aí de repente eu bebo demais, amanhece e eu me lembro da faculdade...(risos)
Foi uma piada interna, mas piadas internas fazem pensar...
mais um ponto em que estou sempre me lembrando do vinho e esquecendo das uvas... embriagado não lembro de fruta nenhuma! E queijo me dá azia... (risos)
E mais um dia, mais um momento, hoje domingo e eu escrevendo... todos dormindo. Eu acodando. Filosoficamente poética essa narrativa não? (Mais risos)
(Fernanda disse antes, mas eu queria ter dito primeiro:) Eu? Eu não sou somente bom. Sou um cara muito bonito. Generoso e lindo – e quem agüentar, agüentou. Como prêmio, terá meu amor. Saberá da minha verdade. Dará boas gargalhadas. Mas terá que suportar uma boa dose daquilo que sinto. Pois, apesar de tudo ser diversão, nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu. (Ela é mais Young do que eu!)
Deveria ter uma tabela antipaixão como as que fizeram para os tabagistas. Marcaríamos um xis nas vezes em que pensássemos no outro... E existir é o melhor que tenho a fazer, posso estar bem comigo e ser generoso comigo mesmo.
Esqueçam tudo isso, tomem um banho e durmam. O que tem, aí em cima, se assemelha apenas à vômito. daqueles fedidos entranhados no tapete. Droga.
Essa busca desesperada pelo sentido de qualquer coisa... e olha que são tantas coisas pra entender que me sinto cada vez mais burro! Mas a longo prazo isso passa; é um lapso que brota de repente sem que se peça, um despedaço da realidade onde acabo olhando pra tudo e perguntando "-...o quê?" Com tom de revolta mesmo... E fica aquele ar de coisa, de coisa pensada, premeditada - mas não é. É súbito que nem chuva de verão (daquelas que estragam nosso dia de praia).
Tenho que adimitir que sempre fui guiado por fatos, com a premência de benficar e inspirar, ações baseadas em fadas, em contos e às vezes até em bruxaria. Com coisas que passam da medida, esfriando cadáveres e conservando palavrinhas pra escrever os epitáfios.
Veja bem, eu não sei se você está me entendendo, ou se estou criando alguma coisa vaga demais pra ser alcançada, mas vivemos fazendo coisas bonitinhas pra depois enterrar em velórios intermináveis, de tantas coisas que enterramos por aí; talvez esse texto seja só mais uma dessas flores de finados que servimos aos vermes sobre todos os túmulos de tumultos que resolvemos sepultar. E enterramos com o mais belo e frio dos epitáfios! O segredo mesmo está em enterrar esse serial killer dentro de mim - que enterra os fatos - e deixar certas coisas, mesmo que meio mortas, meio vivas, sempre num lugar visível, como um mural de souvenirs de coisas que ou você esquece, ou aprende com elas. Estátuas não falam, mas existem para serem admiradas e mais ainda pra lembrar certas pessoas.
Ponto final... Final. Porra!
Quanto aos vinhos e queijos sempre estiveram aliados às viagens... Aí de repente eu bebo demais, amanhece e eu me lembro da faculdade...(risos)
Foi uma piada interna, mas piadas internas fazem pensar...
mais um ponto em que estou sempre me lembrando do vinho e esquecendo das uvas... embriagado não lembro de fruta nenhuma! E queijo me dá azia... (risos)
E mais um dia, mais um momento, hoje domingo e eu escrevendo... todos dormindo. Eu acodando. Filosoficamente poética essa narrativa não? (Mais risos)
(Fernanda disse antes, mas eu queria ter dito primeiro:) Eu? Eu não sou somente bom. Sou um cara muito bonito. Generoso e lindo – e quem agüentar, agüentou. Como prêmio, terá meu amor. Saberá da minha verdade. Dará boas gargalhadas. Mas terá que suportar uma boa dose daquilo que sinto. Pois, apesar de tudo ser diversão, nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu. (Ela é mais Young do que eu!)
Deveria ter uma tabela antipaixão como as que fizeram para os tabagistas. Marcaríamos um xis nas vezes em que pensássemos no outro... E existir é o melhor que tenho a fazer, posso estar bem comigo e ser generoso comigo mesmo.
Esqueçam tudo isso, tomem um banho e durmam. O que tem, aí em cima, se assemelha apenas à vômito. daqueles fedidos entranhados no tapete. Droga.
26 de jul. de 2010
Eros, o agridoce...
Eros...
Do grego desejo, carência, o desejo daquilo que falta... paixão desenfreada, espírito de conquista, luta do coração, emoção aflorada.
O amante quer aquilo que não tem. Se, por definição, impossível para ele ter aquilo que quer... logo que ele tenha...não quer mais.
Eros, o agridoce. Doce, como quem deseja; salgado como o que repele.
Abraço e abandono - e mais ainda, a luta por novos abraços. Eterna reconcepção de perfeição, cíclica, viciosa e violenta.
...nada mais.
Salve Eros!
Não, ele não salva... ninguém.
19 de jul. de 2010
Pearl Jam - Given To Fly - Coisas que me dão saudade...
Bom saudações amigos... essa é uma música que fez parte de minha adolescência, e agora eu faço ressurgir de minhas memórias, pois me lembrei que amo essa letra e é sempre importante se lembrar do que você ama, especialmente de tudo que é bonito....
Boa semana!
Capaz de voar...
"Ele poderia ter se acertado, acertado, mas ele não se acertou
Tempos difíceis... nada poderia salvá-lo!
Sozinho num corredor, esperando, trancado, ele saiu de lá, correu por centenas de milhas...
Foi até o oceano, fumou em uma árvore -- o vento se levantou, colocando-o de joelhos...
Uma onda surgiu quebrando como um murro no queixo lhe dando asas... "Ei, olhe para mim agora..."
Braços bem abertos tendo o mar como chão...
Ele está.. voando!
Inteiro!
Ele flutuou de volta para baixo porque queria compartilhar, sua chave para os cadeados nas correntes que ele viu em todos os lugares...
Mas primeiro ele foi despido, e então foi ofendido por homens descarados, bem... Ele ainda está de pé!
E ele ainda entrega seu amor, ele simplesmente o entrega... o amor que ele recebe é o amor que está salvo...
E às vezes é visto um ponto estranho no céu: um ser humano que é capaz de voar!
Voando! Inteiro!"
14 de jul. de 2010
...Aí, sem ninguém esperar, o sol nasceu diferente...
Meio sorridente, meio cansado de chuva... e não adianta dizer que me recuperei rápido, porque a ferida ainda está na casca e meu sofrimento é bem mais antigo que qualquer boca possa julgar...
PARA A TRISTEZA...
Companheira, sei que você vai chorar quando ler esta carta, mas quero deixar de ver você por uns tempos. Vai ser difícil para mim, pois me acostumei à sua presença, porém não vejo mais motivos para continuarmos juntOs. Não nego sua importância; em diversos momentos difíceis da minha vida você permaneceu comigo, mesmo quando todos se afastaram. Só que, com você, sinto que não ando para frente. Esse seu pessimismo me atrapalha.
Tenho tentado evitar você de todas as maneiras, e isso não é legal. Ainda mais porque sei que se magoa por qualquer coisinha. Mas basta você chegar e lá se vai minha alegria. Não agüento mais os seus assuntos mórbidos, a sua cara desanimada. Até sexo, com você, ficou sem graça. Nada mais broxante do que gente que chora durante a transa.
Perdi anos de minha vida ao seu lado, tristeza, acreditando em tudo que você dizia. Que o amor não existe e o mundo não tem jeito. Você é péssima conselheira para seus parceiros. Agora, chegou a hora de dar chance à alegria, que há muito tem mostrado interesse em passar uns tempos comigo. Ela me elogia, sabe? Você? O único elogio que eu lembro de ter ouvido de você foi que eu fico bem magro e de olheiras...
Veja bem: não estou dizendo que quero acabar com você para sempre. Sei que estou presa à você, de uma forma ou de outra, pelo resto da vida. E podemos muito bem ter os nossos momentinhos juntos, aos domingos ou em longas tardes de poesia. Só não posso é continuar à mercê dos seus péssimos humores, dia após dia, sabendo que você nunca irá mudar. Chega de fornecer moradia à sua pesada existência.
Desde pequeno, abro mão de muita coisa pela sua companhia. Festas a que não fui porque você não me deixou ir, paisagens lindas as quais não reparei porque você exigiu de mim total atenção, amigos que perdi porque insisti em levar você comigo a todos os lugares. Ora, tristeza, tente ao menos ser mais leve. Sorria de vez em quando, pare um pouco de se lamentar. Ou vai continuar sendo assim: ninguém querendo ficar com você.
Não vou cobrar o que deixei de ganhar por sua má influência, pois sei que tristezas não pagam dívidas. Mas quero de volta meus discos de dance music, que você tirou da prateleira. E minhas roupas coloridas, que sumiram do meu armário depois que você se instalou aqui.
Por favor, não tente entrar em contato comigo com as mesmas velhas razões de sempre. Não é a fria lógica dos seus argumentos que irá guiar meu coração daqui por diante. Quero ver a vida por outros olhos, que não os seus. Quero beber por outros motivos, que não afogar você dentro de mim. Cansei de sua falta de senso de humor, do seu excesso de zelo. Vá resolver suas carências em outro endereço. Como disse o Lulu, hoje de manhã, no carro, a caminho do trabalho: 'Não te quero mal, apenas não te quero mais'.
Bye-bye
(Do texto de Fernanda Young)
PARA A TRISTEZA...
Companheira, sei que você vai chorar quando ler esta carta, mas quero deixar de ver você por uns tempos. Vai ser difícil para mim, pois me acostumei à sua presença, porém não vejo mais motivos para continuarmos juntOs. Não nego sua importância; em diversos momentos difíceis da minha vida você permaneceu comigo, mesmo quando todos se afastaram. Só que, com você, sinto que não ando para frente. Esse seu pessimismo me atrapalha.
Tenho tentado evitar você de todas as maneiras, e isso não é legal. Ainda mais porque sei que se magoa por qualquer coisinha. Mas basta você chegar e lá se vai minha alegria. Não agüento mais os seus assuntos mórbidos, a sua cara desanimada. Até sexo, com você, ficou sem graça. Nada mais broxante do que gente que chora durante a transa.
Perdi anos de minha vida ao seu lado, tristeza, acreditando em tudo que você dizia. Que o amor não existe e o mundo não tem jeito. Você é péssima conselheira para seus parceiros. Agora, chegou a hora de dar chance à alegria, que há muito tem mostrado interesse em passar uns tempos comigo. Ela me elogia, sabe? Você? O único elogio que eu lembro de ter ouvido de você foi que eu fico bem magro e de olheiras...
Veja bem: não estou dizendo que quero acabar com você para sempre. Sei que estou presa à você, de uma forma ou de outra, pelo resto da vida. E podemos muito bem ter os nossos momentinhos juntos, aos domingos ou em longas tardes de poesia. Só não posso é continuar à mercê dos seus péssimos humores, dia após dia, sabendo que você nunca irá mudar. Chega de fornecer moradia à sua pesada existência.
Desde pequeno, abro mão de muita coisa pela sua companhia. Festas a que não fui porque você não me deixou ir, paisagens lindas as quais não reparei porque você exigiu de mim total atenção, amigos que perdi porque insisti em levar você comigo a todos os lugares. Ora, tristeza, tente ao menos ser mais leve. Sorria de vez em quando, pare um pouco de se lamentar. Ou vai continuar sendo assim: ninguém querendo ficar com você.
Não vou cobrar o que deixei de ganhar por sua má influência, pois sei que tristezas não pagam dívidas. Mas quero de volta meus discos de dance music, que você tirou da prateleira. E minhas roupas coloridas, que sumiram do meu armário depois que você se instalou aqui.
Por favor, não tente entrar em contato comigo com as mesmas velhas razões de sempre. Não é a fria lógica dos seus argumentos que irá guiar meu coração daqui por diante. Quero ver a vida por outros olhos, que não os seus. Quero beber por outros motivos, que não afogar você dentro de mim. Cansei de sua falta de senso de humor, do seu excesso de zelo. Vá resolver suas carências em outro endereço. Como disse o Lulu, hoje de manhã, no carro, a caminho do trabalho: 'Não te quero mal, apenas não te quero mais'.
Bye-bye
(Do texto de Fernanda Young)
6 de jul. de 2010
Confissão
"Confesso: Fiquei ali parado, procurando alguma coisa que não estava nem esteve ou estaria jamais ali.
Vivi dias em que os ponteiros caminharam pra lugar algum; e dizem que os ponteiros sempre andam em círculos, mas é uma grande mentira. O passar do tempo, mesmo, só nas rugas, nos cabelos brancos, e onde cresce a crença.
Qualquer uma. De papai Noel até uma vida inteira.
E devo confessar também que amei de peito aberto. Que amei mais que poderia e deveria. Que amor quando em cascata se torna um veneno irremediável. Deve ser administrado em gotas, e por isso em mim foi fatal.
Confesso que exagerei. Exagerei um exagero poético, sentimental, louco, meio Chico Buarque, meio de Holanda, sem medida, sem compasso, sem Carne nem osso. Meio Almodóvar, meio Chaplin e meio Elis.
Confesso ter criado uma realidade que não existe; ter sonhado acordado e acordado atrasado.
Confesso falta de fé e total desesperança... e disso sim não devo ser culpado.
Confesso e assumo a culpa pelo crime, castigo e até pela pseudo paz quase predictória do abismo que confesso hoje: caí.
Confesso doçura. Doçura de aspartame. Emoção incontrolável e irreversível de um coração que se acelera rumo á explosão do fim. E que assim, foi a vida toda.
Confesso ter pensado ser melhor pra mim, melhor pra você, melhor para tudo que ruiu.
Confesso ter fugido com tudo isso nos bolsos.
Confesso também que tudo isso é piegas demais.
Meu veredito? Eu digo. Culpado! Culposo. Culpento! “Culpido”. Cuspido. Corrompido."
Rodrigo S.
28 de jun. de 2010
CONVERSA DE BOTAS BATIDAS
"Veja você, onde é que o barco foi desaguar? - a gente só queria o amor...Deus parece às vezes se esquecer.
- ai, não fala isso, por favor! Esse é só o começo do fim da nossa vida, deixa chegar o sonho, prepara uma avenida que a gente vai passar...- Veja você, onde é que tudo foi desabar. A gente corre pra se esconder... - E se amar, se amar até o fim- sem saber que o fim já vai chegar! Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga... Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas não ter o seu lugar. Abre a janela agora, deixa que o sol te veja! É só lembrar que o amor é tão maior que estamos sós no céu! Abre as cortinas pra mim que eu não me escondo de ninguém; O amor já desvendou nosso lugare agora está de bem. Diz, quem é maior que o amor? Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora:vem, vamos além. Vão dizer que a vida é passageira, sem notar que a nossa estrela vai cair..."
- ai, não fala isso, por favor! Esse é só o começo do fim da nossa vida, deixa chegar o sonho, prepara uma avenida que a gente vai passar...- Veja você, onde é que tudo foi desabar. A gente corre pra se esconder... - E se amar, se amar até o fim- sem saber que o fim já vai chegar! Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga... Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas não ter o seu lugar. Abre a janela agora, deixa que o sol te veja! É só lembrar que o amor é tão maior que estamos sós no céu! Abre as cortinas pra mim que eu não me escondo de ninguém; O amor já desvendou nosso lugare agora está de bem. Diz, quem é maior que o amor? Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora:vem, vamos além. Vão dizer que a vida é passageira, sem notar que a nossa estrela vai cair..."
26 de jun. de 2010
Acima de tudo o amor. Ainda que eu falasse línguas, as dos
homens e dos anjos, se eu não tivesse amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
Ainda que eu distribuisse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo as chamas ,se não tivesse amor
nada disso me adiantaria.
O amor é paciente. O amor é prestativo, não é invejoso, não se ostenta. Não incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se regojiza com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê,tudo espera, tudo
suporta.
O amor jamais passará, as profecias desaparecerão, as linguas cessarão, a
ciência também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado, limitada também é a nossa profecia.
Agora portanto,permanecem estas tres coisas:
a fé , a esperança e o amor.A maior delas ,porém é o amor.
Mas quando vier a perfeição, desaparecerá o que é
limitado. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei adulto, deixei o que era próprio de criança.
Agora vemos como um espelho e de maneira
confusa, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é limitado, mas depois conhecerei como sou conhecido.
Agora portanto, permanecem estas tres coisas: a fé , a esperança e o amor. A maior delas, porém é o amor."
(Primeira Epístola de São Paulo - parte 13)
homens e dos anjos, se eu não tivesse amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
Ainda que eu distribuisse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo as chamas ,se não tivesse amor
nada disso me adiantaria.
O amor é paciente. O amor é prestativo, não é invejoso, não se ostenta. Não incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se regojiza com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê,tudo espera, tudo
suporta.
O amor jamais passará, as profecias desaparecerão, as linguas cessarão, a
ciência também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado, limitada também é a nossa profecia.
Agora portanto,permanecem estas tres coisas:
a fé , a esperança e o amor.A maior delas ,porém é o amor.
Mas quando vier a perfeição, desaparecerá o que é
limitado. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei adulto, deixei o que era próprio de criança.
Agora vemos como um espelho e de maneira
confusa, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é limitado, mas depois conhecerei como sou conhecido.
Agora portanto, permanecem estas tres coisas: a fé , a esperança e o amor. A maior delas, porém é o amor."
(Primeira Epístola de São Paulo - parte 13)
2 de abr. de 2010
"Sanitário"
...olha, pra curar esse gosto de azeite, esse mais ou menos de meia tigela, esse copo pela metade na mão de quem não bebe, vou ser curto e grosso dessa vez:
Viver é bom pra caralho! Tem gosto de riso, de choro, de sonho dietético. Sim porque gente gorda por fora tem um monte, mas recheio é quase nenhum... Tem gente pra odiar e pra amar, tem gente pra despertar o sol, pra adormecer os ventos, cair a noite, fazer sexo de graça, pago, rezar, pagar dízimo, dizimar, roubar e dosar. Tem gente pra tudo!
Agora o que não pode faltar nessa porra toda, é coragem!
Sê sozinho, sê saudade, sê vontade, sê o que seja! Foda-se: Sê corajoso!
Encontre na simplicidade todo adorno de tudo que a gente insiste em emperequetar; a gente ja cresce escolhendo roupa que não vai durar pra sempre. A gente já cresce escolhendo boca e cara que vai enrugar. E SORTE, MUITA, se enrugar. A gente cresce lambendo o saco do mundo e aceitando tudo.
Tenho saudade e muitas, saudade dos abaraços inocentes, do cheirinho de mar, do vento meio molhado daqueles dias nublados de tédio onde até o tédio era divertido. Dos primeiros cigarros, dos versos mal-escritos, dos sermões, canções e da tranquilidade de dormir de janela aberta no primeiro andar.
Mas passa. Tudo passa, até isso vai passar.
É que nem a fumaça do meu cigarro que sobe e some no céu do calçadão, como um pensamento expelido, ou uma bunda bonita, uma Rita, Expedita, Maria ou Mary qualquer: passa.
Agora calmaí rapaz: tem coisa que fica pra sempre! E eu não vou aguentar a mesquinharia de abrir mão do que é de verdade. Não mesmo! Eu não quero ser bonzinho o tempo todo, não quero ser tempo nem espaço, não quero mais deixar pra amanhã. Saudade me faz sentir que já vivi, e que posso viver muito mais! Eu quero espaço pra ser eu mesmo sem precisar ficar medindo merda nem pesando bosta.
E que se fodam todos os que dizem o contrário: eu sou bom demais pra determinadas coisas e sei disso!
Não quero ser entendido por todos, não quero ser a moral em pessoa, não quero ser exemplo - aliás, todos os bons exemplos que conheci se fuderam e se foderam MUITO!
Quero aprender, com os erros, com os acertos, até com o papelzinho amassado que acerto na lixeira do outro lado da sala.
E esse espaço vazio não é nenhum momentinho que vai preencher não: tem que ter começo, meio e fim. Tem que ter raiz morta pra dizer que tinha planta. Gozada sem sexo não é amor. Sexo sem amor é só gozada, e gozada mesmo é a cara dessa gente que se satisfaz com tão pouco.
Pra isso sim, eu sou demais.
Pra abrir mão de mim mesmo por qualquer coisa.
Puta que pariu: eu vivo num país que falar inglês é normal, que dar a bunda é moral e viver mal é viver feliz.
Ai de mim se eu não fizer minhas regras! Aliás, ai de todo mundo!
Como disse alguem que gosto muito: Se cada um cuidasse mais da própria vida, todo cu seria bonito. E cá entre nós, não existe nada mais feio que um cu.
Desculpe a boca suja. É que às vezes temos que descer de nível pra se entender om a multidão. Caso contrário, voam pedras - nem sempre das mãos.
E como o que eu disse tem tudo a ver com isso: feliz páscoa! Pensa no cara lá e esquece o chocolatinho. Lembra de você. Quem é você? O que você faz? O que você colhe? Chocolate também vira merda, só pra lembrar...
Perdoem as palavras àsperas... volto com os dedos mais limpos!
Viver é bom pra caralho! Tem gosto de riso, de choro, de sonho dietético. Sim porque gente gorda por fora tem um monte, mas recheio é quase nenhum... Tem gente pra odiar e pra amar, tem gente pra despertar o sol, pra adormecer os ventos, cair a noite, fazer sexo de graça, pago, rezar, pagar dízimo, dizimar, roubar e dosar. Tem gente pra tudo!
Agora o que não pode faltar nessa porra toda, é coragem!
Sê sozinho, sê saudade, sê vontade, sê o que seja! Foda-se: Sê corajoso!
Encontre na simplicidade todo adorno de tudo que a gente insiste em emperequetar; a gente ja cresce escolhendo roupa que não vai durar pra sempre. A gente já cresce escolhendo boca e cara que vai enrugar. E SORTE, MUITA, se enrugar. A gente cresce lambendo o saco do mundo e aceitando tudo.
Tenho saudade e muitas, saudade dos abaraços inocentes, do cheirinho de mar, do vento meio molhado daqueles dias nublados de tédio onde até o tédio era divertido. Dos primeiros cigarros, dos versos mal-escritos, dos sermões, canções e da tranquilidade de dormir de janela aberta no primeiro andar.
Mas passa. Tudo passa, até isso vai passar.
É que nem a fumaça do meu cigarro que sobe e some no céu do calçadão, como um pensamento expelido, ou uma bunda bonita, uma Rita, Expedita, Maria ou Mary qualquer: passa.
Agora calmaí rapaz: tem coisa que fica pra sempre! E eu não vou aguentar a mesquinharia de abrir mão do que é de verdade. Não mesmo! Eu não quero ser bonzinho o tempo todo, não quero ser tempo nem espaço, não quero mais deixar pra amanhã. Saudade me faz sentir que já vivi, e que posso viver muito mais! Eu quero espaço pra ser eu mesmo sem precisar ficar medindo merda nem pesando bosta.
E que se fodam todos os que dizem o contrário: eu sou bom demais pra determinadas coisas e sei disso!
Não quero ser entendido por todos, não quero ser a moral em pessoa, não quero ser exemplo - aliás, todos os bons exemplos que conheci se fuderam e se foderam MUITO!
Quero aprender, com os erros, com os acertos, até com o papelzinho amassado que acerto na lixeira do outro lado da sala.
E esse espaço vazio não é nenhum momentinho que vai preencher não: tem que ter começo, meio e fim. Tem que ter raiz morta pra dizer que tinha planta. Gozada sem sexo não é amor. Sexo sem amor é só gozada, e gozada mesmo é a cara dessa gente que se satisfaz com tão pouco.
Pra isso sim, eu sou demais.
Pra abrir mão de mim mesmo por qualquer coisa.
Puta que pariu: eu vivo num país que falar inglês é normal, que dar a bunda é moral e viver mal é viver feliz.
Ai de mim se eu não fizer minhas regras! Aliás, ai de todo mundo!
Como disse alguem que gosto muito: Se cada um cuidasse mais da própria vida, todo cu seria bonito. E cá entre nós, não existe nada mais feio que um cu.
Desculpe a boca suja. É que às vezes temos que descer de nível pra se entender om a multidão. Caso contrário, voam pedras - nem sempre das mãos.
E como o que eu disse tem tudo a ver com isso: feliz páscoa! Pensa no cara lá e esquece o chocolatinho. Lembra de você. Quem é você? O que você faz? O que você colhe? Chocolate também vira merda, só pra lembrar...
Perdoem as palavras àsperas... volto com os dedos mais limpos!
19 de mar. de 2010
Se fosse possível traduzir...
"Por não haver saudade e sentimento igual, voltei a escrever... e não há sílaba capaz de volver os fatos do coração, do espírito e da carne. São tantas as coisas que ficam na jornada dos fatos, são tantas as estrelas que mesmo distantes continuam seu brilho contínuo, não pelos anos, mas pela luz. Os corações nunca pulsam no mesmo rítimo... Mas o tempo tem sim seu mérito, mesmo que obtuso. Os ponteiros nunca apontam na mesma direção, e quando o fazem já se passou metade do dia, ou ele inteiro. E faceiros continuam sua viagem pelos incontáveis segundos, pelos incontroláveis olhos piscantes que em lágrimas ou em brilho, desconsideram totalmente a matemática de qualquer coisa. Nada se soma. Nada se divide, nada se conta: apenas fica. E fica em seu devido lugar; tem sua importância magna no universo. São elas as estrelas, são eles os astros, as pirâmides, as estátuas e as pessoas. E desde que comecei a andar, pude ver cada uma delas em seu lugar, maestrada pelo criador, com seus instrumentos de corte, de cura, de fúria ou de milagres. Sempre todas num trajeto constante, e quando mudo de caminho, forço meu destino a outras terras, posso ver o tilintar de cada uma dessas estrelas em sua importância. De tudo que deixei para trás, tudo que carrego comigo, posso deixar uma lição – eu que nunca gostei muito de lições : estar lado a lado é sempre uma opção. O mundo gira, as montanhas se movem, a neve derrete e tudo passa – assim como eu passarei; mas o tempo e o amor sempre ficam. São eles os grandes mestres de tudo, a mão esquerda e a mão direita de todos os mistérios. Os pais dos acontecimentos. Escrever isso me deixa apreensivo pois me sinto indigno de tentar traduzir algo tão grandioso em palavras. É imensurável o poder de uma vida! Ter a oportunidade de ser um instrumento de tudo que existe. Sentir Deus, sentir o bem e o mal, sentir a vida e a morte e todas as contradições de todas as jornadas. E ainda assim, em meio a todo esse caos, poder escolher.
Me senti grande quando percebi que carrego um pouco de cada um em mim. Da dor ao abraço, do pequeno ao nobre, do simples ao eterno – carrego cada parte de cada um dentro de mim. Sou cada um pelo que vi, senti e estive. Mesmo os que se foram, os que ficaram, os que não vejo, os que brincaram comigo quando crianças, os que aprenderam comigo a lei dos homens e da vida, os que foram rivais, companheiros, algozes, júris e juízes, e os que amei – todos, estão em mim agora. E nesse giro pulsante de uma vida inteira, é preciso ser forte para suportar tantas diferenças; dessa forma entendo o porquê de tantos terem medo, terem raiva, ou perderem tempo com coisas tão pequenas a ponto de cegar esta realidade. É o mesmo Sol que nasce todos os dias, ainda assim, todos tornam tão difícil esse entendimento...
Para sempre, “por todos os sempres” – e direi isso apenas uma vez: estou em cada um de vocês.
Somos todos um só. E eu estava certo: não há palavras que traduzam o universo inteiro."
Rodrigo S. -
23 de fev. de 2010
Para burlar o bem estar de se estar "star"...
É veneno e é doce que nem aspartame! Daqueles que se toma achando que está sendo saudável, mas o que faz viver pra sempre mesmo é um bom açúcar! Não sou ligado em doces, ou criei esse conceito na minha mente pra não aceitar que sou viciado em halls de melancia! risos... mas, fato: chocolate me deixa de estômago embrulhado. E chocolate é mesmo uma coisa que sempre cai na sua mão sem você pedir. Seja no achocolatado, no biscoito, no namoro ou na casa de alguém, lá está o bendito do chocolate agradando todo mundo, mas a mim ele não engana! O gosto engordurado do chocolate me dá uma aflição tremenda! E não é frescura nem preconceito, mas chocolate do branco, tem gosto de sabão! Quando como sorvete de chocolate, tenho que encher de pistache pra conseguir tragar aquela coisa... chocolate me deixa irritado. Não sei uando isso surgiu, pois quando pequeno devorava barras e barras. Mas o tal do chocolate hoje me provoca a mesma angustia de estar comendo um bicho vivo! Eu ate como porque é docinho, e porque todos sempre te olham de cara feia quando vc não come... especialmente aqueles que você ganha. "Trouxe pra você!!!" - ânsia! Eu como chocolate como quem come uma comida exótica, tipo escalopinho de rato na malásia ou espetinho de escorpião na China... as vezes você até come por curiosidade, mas já comeu algo que não te deixa satisfeito? Essa é uma das causas da obesidade!
É uma peculiaridade minha que andei pensando... também não acho o cigarro propriamente gostoso! rs...
Será que em algum lugar do mundo eu encontro alguém que me entenda? Blarrrgghhhh!
Essa é só mais uma das coisas em que me sinto único.
Com sol ou com chuva, até a próxima!
Amanheceu mas ainda está escuro.
É engraçado quando alguns pensamentos possuem nossas mentes de forma tão lasciva e desorientadora.
Pensar na morte faz um pouco disso com a gente; a gente sempre pensa na morte mas eu acho que ninguém tem medo dela; a gente tem medo é de como vai morrer, e do que vai deixar. Acho que não tenho nada de exuberante para mostrar em minha vida, exceto palavras, momentos, coisas assim. Um homem místico – e muito presunçoso – me disse uma vez que é fácil saber quando alguém vai morrer: “...essa pessoa libera um cheiro almiscarado, doce e estranho. É muito fácil perceber se você prestar atenção!”. E quem era Le para dizer uma coisa dessas? Ele era um pederasta mentiroso, descobri depois. Hoje senti esse cheiro em mim, em mim e num incenso. Talvez eu esteja queimando e num paradoxo muito interessante com minha vida eu esteja liberando esses cheiros, que nos roubam por momentos, e deixando cair cinzas. Daquelas que depois que o incenso apaga, só incomoda as pessoas. E no fim fica um palito que só serve pra jogar fora. E a sujeira queimada de uma breve vida.
“Era uma vez uma criança que não sabia se era feliz. Sua fé foi provada de todas as formas, e ele falhou em todos os dias. Cada dia uma pessoa vinha e lhe deixava uma moeda. Mas ele pensava nas moedas que tinham com as pessoas e como elas conseguiam. Um dia ele saiu atrás das moedas e deixou sua luta para trás; deixou sua fé para trás e encontrou a fonte de todas as moedas. Mas quando chegou lá já não sabia mais quem era, pois não lutou e nem acreditou em nada e nem ninguém. Ele não tinha referencias, não tinha horizontes. Só moedas, e nada mais.”
A mim não restam nem mais as moedas.
É engraçado quando alguns pensamentos possuem nossas mentes de forma tão lasciva e desorientadora.
Pensar na morte faz um pouco disso com a gente; a gente sempre pensa na morte mas eu acho que ninguém tem medo dela; a gente tem medo é de como vai morrer, e do que vai deixar. Acho que não tenho nada de exuberante para mostrar em minha vida, exceto palavras, momentos, coisas assim. Um homem místico – e muito presunçoso – me disse uma vez que é fácil saber quando alguém vai morrer: “...essa pessoa libera um cheiro almiscarado, doce e estranho. É muito fácil perceber se você prestar atenção!”. E quem era Le para dizer uma coisa dessas? Ele era um pederasta mentiroso, descobri depois. Hoje senti esse cheiro em mim, em mim e num incenso. Talvez eu esteja queimando e num paradoxo muito interessante com minha vida eu esteja liberando esses cheiros, que nos roubam por momentos, e deixando cair cinzas. Daquelas que depois que o incenso apaga, só incomoda as pessoas. E no fim fica um palito que só serve pra jogar fora. E a sujeira queimada de uma breve vida.
“Era uma vez uma criança que não sabia se era feliz. Sua fé foi provada de todas as formas, e ele falhou em todos os dias. Cada dia uma pessoa vinha e lhe deixava uma moeda. Mas ele pensava nas moedas que tinham com as pessoas e como elas conseguiam. Um dia ele saiu atrás das moedas e deixou sua luta para trás; deixou sua fé para trás e encontrou a fonte de todas as moedas. Mas quando chegou lá já não sabia mais quem era, pois não lutou e nem acreditou em nada e nem ninguém. Ele não tinha referencias, não tinha horizontes. Só moedas, e nada mais.”
A mim não restam nem mais as moedas.
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