Um belo dia, numa manhã orvalhada onde o sol pintava a cidade com cheiros evaporados de jardim, ele renasceu. Sim. Numa terça-feira. Seu corpo voltava a esquentar as brasas antes dormentes. Fumegava, carne e espírito. Num dia onde sentia-se capaz de qualquer coisa. Sobretudo, amar. O mar estava ali, testemunhando o homem que fora outrora - mar, sol e lua. Seus maiores cúmplices afinal. Limpo, sereno, caminhando em direção ao conhecimento mesmo este sendo tão desconhecido. Com a consciência limpa e fresca. Sem amarras. Sem correntes. Livre, sim. O vento era doce, e quase se podia dizer que, de onde jazia ele mesmo, nascia um herói!