Um foto-diário de textos alarmantes; Sonhos partidos, sensações, sentimentos, esterco, pérola, bunda, diamante, cartas, cacos, vasos e qualquer alegoria fora de moda...
31 de dez. de 2016
2016 - Trilha sonora
. Janeiro - Dancing With Myself - Billy Idol
. Fevereiro - Vem dizer - Dani Carlos
. Março - Thinking about you - Radiohead
. Abril - You're the Storm - Cardigans
. Maio - Wicked Game - (From Game of thrones season 6 trailer)
. Junho - One - U2
. Julho - Último Desejo - Maria Bethania
. Agosto - House of the rising sun - The Animals
. Setembro - Los Hermanos - Elis Regina
. Outubro - La isla bonita (stick & sweet tour) Madonna
. Novembro - Losing my Religion - R.E.M.
. Dezembro - What's up - 4 non blonds
. Janeiro 2017 - Bônus Track - Sweet Dreams - Eurythmics
26 de dez. de 2016
25 de dez. de 2016
Roda da fortuna (ou "conclusão sobre a porra do amor")
Duas pessoas que se amam só se aproximam em duas circunstâncias: para de fato se amarem ou para se consumirem - quando a piada maior desse mundo é que ambas, amar e consumir, giram a roda da vida!
R.
19 de dez. de 2016
Boas festas...
18 de dez. de 2016
Quase ficção
Era uma vez um tempo cálido. Um templo perdido nos calendários dos homens. Quando todos os sóis eram dourados. Eu vestia uma armadura clara. O perigo parecia longe. A chuva era doce. Até as mentiras eram inofensivas, mesmo que dissessem que isso não existe... nesse lugar não havia julgamento, porque não havia o que julgar: eu vivi lá. Um dia meu castelo desmoronou. Minha princesa perdeu a coroa. Minha armadura quebrou. Então, eu vim morar aqui. Junto ao sonho de voltar...
Toque...
Conto das 0h- "Toque"
A dor andou me fazendo uns carinhos. Eu abracei. Acariciei a dor. Demora, depois tudo escorre: o lado de fora expõe a dor. Pele, pêlo e apelo. Aí vem a mágoa, a escória, o roxo que nunca sara. "Não toque em mim agora!" Por fim a cicatriz e a memória são os genitores do trauma... A carícia da dor é ingrata, falsa e inevitável. E pior, de tudo: mora em todos os abraços. Ah, Deus, podia ter me feito de pedra, enfeitando as calçadas e passarelas, de jeito que são os homens e mulheres que se admiram na arte alheia. Mas me deu um coração fraco. Agora? Eu que me cure, ou volte só pro pó das estrelas...
A morte do beijo
Conto das 0h: "A morte do beijo"
O beijo se perdeu. Lampejo. Desejo. Festejo. No choro, escorreu o orgulho. A boca, esperou o beijo - que não veio. O beijo veio correndo, atrasado, desajeitado. Depois parou. Escorregou numa lágrima, levou um tombo e se espatifou no assoalho da expectativa. O amor riu. As mãos até tentaram socorrer, mas o beijo sofreu fraturas. "Ninguém toca no beijo!". Esperaram socorro, que demorou. O beijo chegou morto no peito. Desidratou. Ou só desistiu no caminho. O amor velou. Depois, foi embora sem olhar para trás...
R.
17 de dez. de 2016
Ciranda do nunca mais (ou a evolução segundo Rodrigo S.)
16 de dez. de 2016
Poema-insônia numa noite de Verão no litoral
De toda coisa tomada de mim, de todo tempo escorrido na lamúria miúda dos miúdos já proibidos deste corpo ressecado, perdido entre mentiras e verdades, sonhos mágicos e espinhos, de todo passado escoriado, escorado na incerteza do nada, e na maledicência do pensamento poluído inconsequente e adocicado pelo aspartame-sentimento falso, de desterro: cansativa maldade de jogos de enganos, preso em concreto, desconcreto e desconcertante no adiante do novo sol que insiste em nascer, todo dia, pingando em orvalho a mágoa da madrugada, o roxo da pele que queima no sal do mar (onde arde a cura dos morenos incertos, filhos do litoral ou das cachoeiras, amantes costeiros!)
De todo desgaste, escolhas mal feitas, essência bandida e bastarda bastante e obstante, distante cantante da felicidade forjada e diluída no dilúvio das lágrimas já secas, agora em passos opostos dispostos transpostos apenas por horas e ponteiros secretos e indiscretos indescritíveis. (Choveu, choveu tudo que era nosso. E nossa! Chove todo dia...)
De toda calmaria falsa daquele mar onde tanto me faltou o ar para sufoco e ainda assim, foi pouco - por pouco, tampouco, oco. Ressaca! De toda chuva incandescente e gelada que tocou o teto em noites de frio e calor, dor e rancor, ranço de bebedeira, mamadeira, posições fetais, fecais, injúrias e acusações (nós embarcamos na barca da mentira, que leva direto ao inferno, mas eu saltei o lago de Caronte! Avante! Afronte Afrodite!).
De tanta mágica e truque, espelhos, pentelho, espuma, cartolas e cartelas de tranquilizantes, analgésicos, calmante e óleo trifásico. Hidratante, purgante, ofegante - Galante! Fui herói de insetos e dejetos de amor e desamor. Comida de rua, carne crua, cama e palavras soltas. Horas de conversa, mundos inventados, mudos ideais falsários, navios naufragados na praia e náufragos com fotos nuas por todos os lados. De todo arrependimento, desprendimento, desvento, evento e desventura abafada na fartura de tudo: esterco e ouro. De tantas falsas conversas e tanto cansaço, escasso, descalço na varanda suja de outras bundas de nomes estilhaçados. Desenhos incoerentes no cosmos, lendas e fendas, como eu incoerente nesse mundo improfundo que não entendo - nem quero! (O mal de ter mil anos na alma, e outros milênios inteiros no peito é que se dorme muito mal...)
Ficou essa tatuagem. E uma estátua seca e fria de mim, no meio do jardim, ao lado do chafariz da fonte do esquecimento, onde finda o arco-íris da tempestade de nós.
Mas eu, pirata, levei o ouro no fim!
R.
ENIGMA PARA INTRANQUILOS
ENIGMA PARA INTRANQUILOS - Neruda
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"Pelos dias do ano que virá, encontrarei uma hora diferente, uma hora de cabelos em catarata, uma hora nunca mais transcorrida, como se o tempo se rompesse ali e abrisse uma janela: um buraco por onde deslizar-nos até o fundo. Bom, aquele dia com aquela hora chegará e deixará tudo mudado:
não se saberá jamais se ontem foi-se ou o que volta é o que não se passou. Quando do relógio cair uma hora ao solo, sem que ninguém a recolha,
e ao fim tenhamos amarrado o tempo, ai! saberemos por fim onde começam ou onde terminam os destinos, porque no trecho morto ou apagado veremos a matéria das horas como se vê a pata de um inseto. E disporemos de um poder satânico: voltar atrás ou acelerar as horas, chegar ao nascimento ou à morte com um motor roubado ao infinito..."
14 de dez. de 2016
Para o fim de dezembro (Perdão)
13 de dez. de 2016
Somewhere only we know...
10 de dez. de 2016
Já estive presente
Epifania à luz do dia
18 de nov. de 2016
Purgamor
17 de set. de 2016
Confissão de lua cheia
3 de set. de 2016
Nota mental
30 de ago. de 2016
29 de ago. de 2016
Past imperfect
28 de ago. de 2016
L'amour
"Case- se com alguém que você gosta de conversar...
Por que quando o tempo for seu inimigo, e as linhas de expressão dominarem sua face e sua vitalidade não for como você gostaria, tudo que restará será bons momentos de conversa com alguém que viveu com você muitas histórias, que segurou as suas mãos inúmeras vezes, que lhe abraçou quando sabia que precisava e que lhe falou a palavra no tempo certo.
Vai se lembrar ao longo da vida de momentos felizes, engraçados, apaixonados e vocês ainda vão rir muito juntos.
Então lembre-se que a beleza passa, pois é vã. Mas o carinho, o respeito, o conhecimento este aumenta a cada dia.
Então case-se com alguém com quem realmente você gosta de conversar, porque ao longo dos anos, isso fará toda a diferença... "
Simone N. Athayde