Eu sou meio complicado de entender de primeira. Até de segunda, ou terça-feira.
As vezes sou simples como a água de um rio, ou furioso como uma tempestade. Um fóssil de meia-idade, cheio de vaidade. Vago de cidade em cidade: Egoísmo e caridade! As vezes sou nublado, outras ensolarado. Estrelado e cadente - sempre!
Outras vento: nunca me contento...
Violento! Ou pacífico como qualquer coisa que não morda...
Que se exploda! Sonoro de violino ou solo de guitarra. Algazarra e ordem.
Pássaros a migrar. Que se vão e que voltem!
Outrora eu, agora outro. Amanhã? Um rascunho do sol que nasce: enlace!
Senhores, querem saber a verdade?
A única coisa certa em mim é amor... e a saudade, que fica sempre na sombra dos meus assombros, e é hoje a única coisa que me dá medo...!
R.