4 de nov. de 2009

"Só o que deve ser eternizado..."


"Andei preocupado com essa definição e acabei concluindo: é sempre vaga.

Para cada um sou um; não atingi essa perfeição unitária assada na forma e com mesmo tempero. Não acredito em cotidiano, não aceito qualquer mudança, não me comporto bem o tempo todo. Não acredito em para sempre;nenhuma bondade é eterna, nenhuma paz é inabalável.
Ainda me assusto com certas pessoas, com a forma como se comportam, a forma como se relacionam, a forma como se condenam.
Essa vaga idéia de que qualquer coisa que preenche é útil pra quem se entrega. O que mais tem por aí é zumbi, controlado por essa maldita de que todos estamos cheios de algo. E todo mundo está cheio de qualquer coisa.
Eu me considero um copo pela metade, pois só me sirvo do que me é saboroso. Sei de cór tudo que não gosto, sei de todas as idéias que devo rejeitar.
Compro CDs e Livros pela capa, acredito em imagem e conteúdo, imagino, crio e realizo. Idealizo. E infelizes são as decepções daqueles que idealizam, que esperam sempre resultados.
Tudo anda cada vez mais escatológico. Nossa TV é escatológica, a sociedade vende Jesus e egocentrismo, a globalização individualiza, julga e conceitua. E para quem quiser, tem sempre uma engrenagem sobrando, nesse engenho de ilusões e lâminas."

"O Supra-sumo do semi-certo."


“Irmãozinho, faça um canto das dores do teu martírio:
Se o amor se muda em ódio,o lodo se troca em lírio.
Lance fora esta tristeza, tire um verso do cansaço.
Mesmo com canoa boa, é preciso ter bom braço.” (Aldir Blanc)

"De todas as partes que somos, de todas as partes que temos. Tenho dores indulgentes e lascivas.
Pesada é a culpa de quem se olha e se vê. Vê com verdade. Com a mais rara de todas as sinceridades.
As pessoas hoje andam pelo mundo cegas, em sua maioria, vagando por jardins e sombras anestesiantes, se recusando a enxergar a realidade de seus próprios principios.
O decorrer de tudo nos faz esquecer quem são, cria outra pessoa, uma estátua que subistitui a realidade. Um robô automatizado pelo cotidiano. E sim: isso é uma acusação."

[...] 8h depois...

"Quem é você" perguntou assustado ao ver a sombra na escuridão...

"Sou Érebo, sou a noite eterna; sou mãe dos que se escondem da luz do dia. Sou madrasta dos que cobrem o rosto, e carrego comigo verdades indizíveis..."
Ao seu lado, estava Hipnos. Que se aproximou lentamente e se apresentando em sussurros e abraço.
Agora estava ele, Érebo e a noite sem fundo. Testemunhando estrelas absurdas, cantando a silenciosa canção da madrugada, ela dizia, serena:

"Observe-os; eles gritam para afastar o silêncio; bebem para trazer palavras e se entorpecem para criar verdades. São zumbis da realidade, povoam a noite que jamais será povoada. Vivem num jardim de seda e areia, dançando em torno das ninfas e hecates. Cantarolando súbitas sonolências e nunca se entendem. Ao fundo Eros e Baco, sorridentes. Observe!"

Ele olhava com dor e respeito. Estaria sonhando? Ou estaria mais acordado que o resto da noite? A insônia varria sonhos e vontades. Um cigarro. Cheiros pungentes. Lírio e saudade: verdade.
Ela o deixou ali, pensando. E mesmo tanto assim, não foi suficiente."

R.


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30 de set. de 2009

...desativar bombas!



Não há sensação melhor!
Trabalho em dia, projetos andando (não todos que eu queria), tudo dentro do prazo, expectativas de estar com pessoas que amo, expectativas de novos recomeçares... acho que finalmente aquele maldito inferno astral passou! Continuo não sendo positivo e acho que isso é de minha natureza: torcer o nariz com indiferença a tudo que não acredito. E olha que eu acredito em bem pouca coisa. Mas isso não me impede de esperar e de agir. É nisso que acredito. Acredito naquele terreno que pode ser arado, acredito no trabalho, acredito nas portas fechadas e em todo mistério guardado e aguardado por detrás de cada uma delas. Acredito naquela ambição de ser e não somente estar; de crer sem se perder. Não, eu não estou me tornando positivo, não estou me tornando otimista; acho isso tudo muito brega e deslavado! Mas acho que estou mais autônomo me meus ditos, minhas atitudes, meus erros e minhas conseqüências. Estou mais certo de meus passos e aquela névoa chata parece estar menos densa por agora.
Nesses momentos a vida nos da aquelas rasteirinhas indesejáveis, por isso não vou erguer os braços e nem prestar tanta atenção nos horizontes. Sonho quando durmo.
Quando acordado luto contra os ponteiros, luto contra os falsos profetas da vida, as falsas sensações exacerbadas de qualquer coisa. Tenho uma tendência natural a pecar pelos excessos (e olha que eu nem acredito que se exceder seja pecado), por isso estou me policiando mais, falando menos, agindo mais e pregando mesmo. As convicções são as mesmas. As crenças são as mesmas. O Sol está um pouco mais forte, apesar das nuvens.

Love is in the air, baby!
Ah,o retorno de saturno… nunca pensei que me apaixonaria tanto por essa fase!

Expectativas? ...pro meu aniversário, assim como os poucos amáveis a quem reservo esse momento!

Até breve!

Rodrigo S.




"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta."
Marta Medeiros



23 de set. de 2009

"Essa carinha de felicidade é só cansaço!"


"Vai! ...desce as escadas desse degrau degradê de emoções e sensações. A subida tinha a minha mão. A descida não tem corrimão. A cada degrau uma emoção que deixamos para trás, a cada janela uma memoria perdida."A fonte do esquecimento está a esquerda da porta do inferno"Ja anoitece. Pouca coisa mudou. Do dia nublado herdamos a escuridão profunda e crescente do tempo e seu beijo lento, forçado e erótico na madrugada. Não há lua nem romances, nem luzes nem nuances. Há aquele medo quase digestivo de quem sente muito e fala pouco.Avançam as horas. Os ponteiros já não podem mais sincronizar as batidas do coração, cansado e faminto. Melhor tirar a mesa, melhor lavar essa louça suja e deitar, pra sonhar que ainda estamos acima das nuvens.Acordo: pesadelos. Viver só seria mais justo se fossemos filmes, cada um de nós, películas giratórias de quadros infinitos e fatos congelados. Cada rua um roteiro, cada cena um cenário - sem diretor! Chega de gente dando ordem. Mas o Sol pomposo ilumina a ordem da realidade e cega os sonhos e pesadelos, afasta os demônos e queima os vampiros. Eu nem gosto de sol; nem de vampiros, nem de demônios. Por isso moro no crepúsculo, no lençol do sol. Ambígua é a vontade de quem deseja e não alcança, de quem corre e não descança, descalçado de esperança.Minha história, essa chata e enfadonha que faz você torcer o nariz, é contada nos vitrais e janelas desse templo, dessa escada, que continuamos descendo sem olhar um para o outro. Apenas esticando verdades em palavras. No final, lá embaixo está o barco. Num porto. E não há nada de seguro nesse porto. Nada."

20 de set. de 2009

A crisálida e a fogueira


Não, não quero morrer cheio de certezas, procurando porquês, acreditando em tudo que é constante e eterno só porque dizem há mil anos que será...

Essa subimissão perante os fatos, essa pressão que tudo que é perfeito é eterno, enquanto o perfeito é todo momentâneo. O dos momentos, eu sei, tenho razão e controle. O que me descontrola, às vezes por dias, meses ou anos a fio, é o sentimento. O sentimento sim, afeta anos de sua vida, anos de sofrimento, anos de paz, anos de casamento, anos de medo, anos de glórias absurdas e batalhas que caem no equecimento de quem vê. Mas quem sente meu caro, não esquece.
E nessa vida desenformada e desinformada que dizem pra você ser certa, exata, que nem um sapatinho de cristal – e olha que esses sapatinhos a gente só vê em contos de cinderela – daqueles que nunca cedem com o tempo, onde a princesinha se acostuma a sentir dor nos pés, e o babaca do príncipe, na maioria das vezes nem dá as caras; nessa vida expurgada da vontade de monges e inquisitores, nós vivemos... Nesse abandonado caldeirão de bruxas queimadas e idéias distorcidas. Verdade mesmo é que sapato velho não machuca o pé. E as esquinas estão todas cheias de fogueiras e inquisitores. Ainda se queimam mais do que qualquer um imagina. Todos que se voltam contra o sistema, não o político, nem o social, mas o sistema sentimental, comportamental e toda essa incoerência escatológica e fúnebre de amar e odiar, preto e branco, luz e sombra, dia e noite.

Mas não! Eu acredito nos altos e baixos, em relevos e sensações. No tato volátil e voluptuoso. Em superação, em mudança e acredito até naquela sombra mal povoada que dizem tão nefasta, mas que nos revigora, nos faz trocar de pele, de casca, de asa... nas mil crisálidas da vida! Acredito em tudo que posso sentir, pois isso é o alimento de minha vida, o que diferencia meus anos e décadas e até séculos, se minha marca puder sobreviver além de uma tumba. Eu
acredito no meu coração. Meu cérebro, eu guardo, pra matemática ou para os vermes.
Rodrigo S. - 20 - 9 - 2009
A iminência de ficar mais velho acaba me fazendo pensar na vida...

10 de ago. de 2009

"Diálogo vespertino precavido"

"Como vocês podem constatar abaixo, o saudosismo reina!
Meu tédio está me abatendo cada vez mais!
Hoje acordei com uma força gigantesca, daquelas incomparáveis para mudar as coisas a minha volta; acordei sem medo de dizer o que preciso, sem mendo de 'tempestiar' e chover raios no que não gosto; sem medo daquele perigo descrito e preparado, pré-parado e insano que nos detém perante todas as coisas. Mas estou de pernas pro ar!
Faz calor. A gripe suína está em toda parte. Todo mundo dá risada. E o saudosismo reina!
Tudo é lounge...
Até minha mesa hoje é lounge...
Meus dedos: lounge!
Esse texto: lounge!
os mosquitos: lounge!
Ar refrigerado? Lounge!
Até meus problemas nunca foram tão lounges!

Eu to sentado, assistindo tudo acontecer, e só seria mais lounge que isso se alguem com penteado estranho me servisse aqui, agora, nesse minuto, um pró-seco numa taça vulgar, com um sorriso amarelo de quem pergunta o que ainda estou fazendo aqui...

Salvem os anos 50;salve o mês de Agosto; salvem as salas de espera! ...salve a vida!

Deixe-me ver; onde parei mesmo?

Ah, até mais!

Obrigado pela visita!"

- Gorjetando informações -


"Queria poder, em um segundo, saber que amanhã tudo vai ser diferente... que sou dono de todas as minhas verdades, nem que fosse por um segundo;
Que não dependo da intervenção de ninguém para ser maior, para ser melhor, para ser qualquer coisa que preciso.
Que os sentimentos são coisas poucas, como Fúrias, falsas Deusas, Afrodite e Edileuza: miséria!
Ouvir, ouvir e ouvir...
Eu desdigo todos os clichés.
De hoje em diante digo que não sei.
Se nem meu melhor me basta, acho que amanhã não importa se vai estar nublado, chuvoso ou ensolarado. Me basta saber que um sopro de súbito devora a sensatez que juro, na frente de todos os espelhos, por todos so santos que habitam em mim (poucos, mas preciosos) possuo de todo espírito.
Sou cinza.
Sou cinza, que antes ardia.
O MAGO!"

Se fosse pra ser adeus (ou para quem amou e odeia!)

[Qualquer semelhança é mera coincidência, ou não.]
"Você definitivamente nunca sentiu nada por mim, em absoluto. Não consigo imaginar como se pode ridicularizar tanto alguém que se diz amar tanto. Como pode-se diminuir, menosprezar, pisotear os sentimentos sem dó e sem piedade, desmerecer, desordenar e desnortear tanto quanto você faz. Alguém que espera tanta maldade de mim deve fazer mesmo jus a inspiração; Eu já deveria saber, pelas próprias histórias que você conta, pelas próprias atitudes assumiu ter no passado com todas as pesosas que por algum motivo deixaram de ser interessantes para você.Alguém que me impede de ter opinião formada sobre qualquer coisa, que me ataca quando essa opinião vai contra o que vc acredita, e me crucifica simplesmente por dizer o que penso, sem cobrar, sem impor e sem exigir nada: apenas ser ouvido. É tão súbito assim não sentir mais nada por mim? Qual o tamanho da linha do seu tempo? Não importa...

Mas existe uma única pergunta que me corrói, e quando falo em corrosão, falo dessas ´dúvidas súbitas que não se pode carregar: já que ninguém deixa de sentir algo em 5 minutos, e eu pressuponho que vc já não sinta qualquer coisa por mim há muito tempo - mesmo que muito tempo para alguém pequeno feito vc seja seja 1 semana - ...o que você estava fazendo tanto tempo ao meu lado fingindo que sentia alguma coisa? Por que ao invés de debochar e desmerecer minhas palavras, simplesmente não direcionou esse ódio a mim, diretamente? Por que sentimento tão falso a ponto de me dar sorrisos e afagos, e espetar tantas facas em mim pelas costas? Desacredito sua sinceridade, e mais ainda sua integridade. Por isso nenhuma resposta sua preencheria esse espaço vazio! Juro, pelo meu bem estar, por mim mesmo - sim pois alguém egoísta feito eu só poderia jurar por si, e uma mente imunda feito a sua só poderia acreditar assim - mas juro, por mim e por tudo que sou agora: não volto a te procurar, não escrevo mais nada; apago hoje seus telefones - que não sei de cór, graças a Deus -, seus emails, cartas e toda espécie de contato e/ou vínculo com você.Não vale a pena se manter próximo de alguém que consegue "não sentir nada". Concha vazia só faz barulho. Adeus. Felicidades!


Mentira! Você não vai ser feliz até parar de fingir que sente, por medo de enfrentar o mundo, as pessoas e os próprios problemas. Mas aí eu já estarei muito longe - e mais feliz, impreterivelmente. Não que isso importe, mas sou sincero pra dizer e deixar bem claro, mesmo no fim."


Muito bem Assinado: um novo Rodrigo.

30 de jul. de 2009

29 de jul. de 2009

"Só pra constar... mais uma vez!"


O que vale é a intenção?

Sempre ouço essa frase dos desorientados de atitudes ou alienados de ações: o que vale é a intenção. Mas será mesmo que as ações possam ser tão justificadas e retificadas nas intenções finais? Os fins justificam os meios?
Sempre discordei disso. Sempre acreditei numa cândida crença tênue e fraca de que o que vale é o sentimento. Tudo feito com ódio, resulta em ódio, tudo feito com ira, resulta em ira; assim como o que é feito com amor, com carinho, com bondade, sempre resulta em bons frutos. Talvez por me agarrar a essa corda frágil e do absurdo da boa vontade ou o vazio que representa a boa fé hoje em dia, tenha tantas vezes tombado em minhas expectativas.
Os sentimentos estão banalizados, os "momentos" são cada vez mais bem vividos e as pessoas trocam vidas inteiras por momentos. Aquela resignação, busca da felicidade dentro das possibilidades de uma vida sana e saudável, correspondente com valores que hoje já vejo soterrados no mar em fúria da vontade própria, se tornaram obsoletos, ultrapassados, "caretas" e baratos.
As ações geram consequências, e a inquietude do espírito muitas vezes provém do "mal feito" e do "mal dito". O curioso é observar como a maioria das vezes essa onda de choque provém da vontade própria, da satisfação do eu, da total e completa ignorância e indiferença ao mundo, às pessoas e aos próprios sentimentos, que hipocritamente batem-se ao peito e bradam-se ter, o amor verdadeiro, o amor a Deus, o amor ao próximo; mas na realidade tudo isso é sacrificado ao primeiro sinal de fogo. Exige-se pouco de si, e muito do próximo.
Por isso mil vezes sigo no caminho do sentimento, voraz, passional, intenso e desmedido. Mil vezes me entregar a tudo que acredito, que justificar meus erros em intensões que nem mesmo são minhas de verdade.
Se estamos aqui para aprender algo, que seja a amar. O resto, é só egoísmo.

O que vale é o sentimento!
Rodrigo S.

24 de jul. de 2009

"A pasmaceira do óbvio que ninguém descreve - eu tentei!"


"...bode das pessoas, preguiça de conversinhas sem nenhuma capacidade mental e/ou intelectual, indiferença, tanto faz, apatia, não tô em casa nem tenho celular - não quero."


"Estou pasmo. A cada dia mais, pasmo; pasmo com a capacidade humana e sacrificar grandes coisas por pequenas causas. Essa é a grande ironia do globo azul; talvez por isso tanta gente se mate por causas, mate por filosofia, religião, enquanto o fundamental mesmo é o respeito. Ainda estou muito longe de ser tudo que quero ser. Ainda estou muito longe de me tornar o que preciso pra enfrentar de peito aberto toda essa miudeza de mil coisas que, como tijolos, mantém de pé um grande demônio que assombra as cabeças vazias do homem. O tormento do "ter" - semprw na primeira pessoa do singular - desaguça os olfatos, cegam o espírito, adormecem o tato e fazem os homens agirem tão irracionalmente quanto pedras rolando do alto de montanhas, carregando e destruindo tudo que foi erguido na ilustre ladeira de uma vida. Sinto, e sinto muito. Esse é um dos poucos dons que me restam nesse mar de insanidade que é a vida. Estou muito longe de ser uma flor na lama; estou muito mais sujo que queria. Até porque, toda boa lama respinga. Toda boa sujeira, mancha e toda boa pedra (especialmente as bem atiradas! Essas sim!) machuca.É de onde menos se espera que surge o tiro. Dizia um ditado medieval: "A fé ja matou muito mais que a falta dela...". Mas eu, como bom idiota que sou, prefiro seguir em frente, mesmo manchado e sujo, marchando contra esse invisível onde se esconde a plenitude de todas as coisas. Sou muito menos que quero ser. Estou muito mais manchado que deveria. vago maltrapilho nesse caminho incógnito.Mas o lixo meus caros, "o lixo", restolho e prejudicial, esse mesmo pesado e fétido que vocês ja conhecem mas insistem em ignorar, faço questão de deixar no caminho. Mas fico sim feliz, de um modo bem estranho, por ainda ficar pasmo. Sinal que bem pouco de mim se perdeu no caminho. E você? O que tem a dizer sobre você, exclusivamente?"



"Para suportar a minha seriedade e a minha paixão é preciso ser íntegro nas coisas de espírito até às últimas conseqüências" Nietzsche

19 de jun. de 2009

"Só uma reverência ao passado..."

Reli muita coisa (na verdade tudo) que já escrevi aqui e descobri: sou um péssimo digitador! rs

Agora, nesse exato momento, estou distante e meus pensamentos mergulhados em névoa. É a prévia do súbito do nascimento maior, tipo aquele silencio que precede os gemidos da mãe e o parto (ou aborto) de algo significativo.

Fica a expectativa de meu retorno.
Até...

Foto: São Paulo - Avenida Paulista: Eu, a torre da rede globo (grande trasmissora semi-divina!), E um celular VGA! Combina não?

10 de jun. de 2009

- Memories -






Minha mãe cantava essa música quando era pequeno e dizia que era minha, a letra fala por si só...


"Cruzada" (Tavinho Moura / Márcio Borges)

"Não sei andar sozinho por essas ruas; Sei do perigo que nos rodeia... Pelos caminhos não há sinal de sol, Mas tudo me acalma no seu olhar!

Não quero ter mais sangue morto nas veias...Quero o abrigo do seu abraço que me incendeia...Não há sinal de cais,Mas tudo me acalma no seu olhar...

Você parece comigo, nenhum senhor lhe acompanha! Você também se dá um beijo, dá abrigo... Flor nas janelas da casa, olho no seu inimigo... Você também se dá um beijo, dá abrigo;Se dá um riso, dá um tiro!"


Tem coisas que valem ser lembradas...


4 de jun. de 2009

- Não somos senhores de nada, nem de nós mesmos! -



"Nada lhe posso dar que já não existam em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo".(Hermann Hesse)




Eu vejo que nesse mundo tem gente demais acreditando em milagres, em reformas súbitas e místicas, profundamente figuradas e cheias de devaneio. ("infeliz mente")


Muitas palavras, poucas ações. Pouca confiança na própria capacidade de transformar o mundo a sua volta e destroçar esses demônios que insistem em ressurgir das cinzas sempre com o mesmo rugido odiento e insolente que tanto nos impede de ir em frente.




Sinto, e mesmo me sabendo também vítima desse freio feio e fosco, me reviro nas cordas da incerteza. Mas as pessoas se acostumaram! Se estagnaram e assistem as dores alheias como se fossem espetáculos de seus semelhantes, ou qualquer coisa berrante, que chama a atenção ao ver, simplesmente. As ações ficaram geladas em alguma parte deserta da mente.


O frio está chegando, e isso sempre me deixa pensativo. Ficar encolhido ou recolhido sempre remete aos pensamentos (muitos deles profundos, quase sempre). E no auge do frio austral, observo pasmo a união destruidados pensamentos, dos grandes depósitos deexpectativa em causas perdidas, ou ainda as tantas vagas idéias que devagam na ruína da certeza de um futuro melhor.


Sempre goste de cruzar vivências minhas, pessoais, com o resto do mundo. O resto das pesosas, e a forma como se comportam. Acho que é a minha maneira de não enlouquecer de vez; emu limiar de sanidade. E vejo que de fato, mesmo com a certeza de não estarmos sozinhos, a solidão interna é o maior sentimento dentro do coração dos homens.


Rodrigo S. - 3.6.2009

(Não é pra deprimir,é só pra abrir os olhos e mudar!)

26 de mai. de 2009

(If the shoe fits...)



"If the shoe fits..."25/05/09
"Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos." Confucio
Creio que passamos muito tempo esperando o melhor das pessoas e desperdiçamos muita energia nesse processo. Nosso potencial não depende de ninguém, muito menos daqueles que não correspondem às nossas expectativas. Depende apenas de nós mesmos e as vezes de um pouco de sorte. Esperar sempre o melhor do outro é burrice. Nossa felicidade só depende de nós mesmo.Os pobres de espírito sempre me condenam sempre que encerro algum ciclo de minha vida... Sempre que opto por momentos de individualidade, quando estou em busca de mim emsmo, enfrento o cruele delinquente cravo da opinião alheia.


Me busco porque quero ser melhor. Quero mover montanhas dentro de mim apara iluminar as sombras. Amanhã serei melhor.
E por favor - há muita concha por aí achando que é pérola, e esquecem de buscar o seu melhor por dentro.
Lamento profundamente os que exigem demasiado dos outros, e fazem tão pouco por si.
Vamos derrotados das circunstâncias: desdobrem seus espíritos e se encontrem de verdade!

19 de mai. de 2009

"Falo pouco; sinto muito."

Falo pouco porque não sinto necessidade de falar; falo pouco e sinto muito; as palavras tem surtido um efeito tão pequeno nas pessoas, e os ventos tem estado tão fracos pra levá-las...
Infelizmente o caminho pra se aproximar é curto, fálico e esburacado, daqueles que se desiste só de olhar. Como a aresta de um abismo, ou qualquer outra coisa abscura e perigosa.
Acho que as relações humanas estão cada vez mais estranhas, os mal entendidos e mau entendedores se multiplicam com a pluralidade de células mortas e a visão se limita ao que está nos espelhos.
Não os culpo; quando se tira esse véu tênue de beleza que nos ensinaram a jogar sobre tudo e todos e nos atiramos na relidade nua e crua entendemos a rara sensação que o mundo não está coberto de jóias. Poucas e poucos são os que valem o mínimo esforço de qualquer parte.
Tem muito carbono e pouco diamante.
Sem falar dos charlatões que insistem em dizer que tudo que tcam vira ouro; e dos bandidos à espreita da distração dos baús abertos.
O modo mais fácil de coexistir na selva de aço é mesmo se manter a salvo - e digo isso não pelo medo da queda, mas com a voz dos gritos de inúmeros tombos. Corações de aço batem e ressoam sempre.
As promessas de um mundo individualista são muito mais promissoras. E não pensem que no individualismo falo de egoísmo ou isolamento, ou ainda arrogância. Falo apenas da clara e objetiva intenção de escolher onde piso. Vejo que as grandes façanhas humanas vieram de momentos de reflexão profunda e puramente individual. São tantos os samaritanos dando esmola e sendo aplaudidos, ou esmolando e sendo cuspidos; as pequenas ações viraram um constante teatro, a sociedade está estéril, e esse cancer consome aos poucos os corações de carne e sangue. As almas foram vendidas e o que sobra é muito pouco.
A integridade das pessoas foi partida por um pequeno feixe de solidão. E o rosto do medo se desenha no embace desse vidro fincado. "Não há futuro" grita esse fanático e sombrio sopro coletivo. Mas a verdade mesmo é que não há sementes; algumas das minhas morreram mas outras àrvores estão em fruto. E conheço, muito mais que antes, o solo que piso. " R. - 19.5.2009

“Não são as ervas daninhas que matam a boa semente, mas sim a negligência do camponês.” Confucio


27 de abr. de 2009

Sorrow.jpg


"A confiança já matou mais homens do que a falta dela..."

Não me lembro quem disse, mas é uma verdade de fato.

20 de abr. de 2009

O navio mendigo( Malba Tahan)


"No ano 295 de Maomé tomei passagem num grande navio de mercadores persas que seguia em busca de especiarias para o país de Sirandib, e foi com indizível alegria que fizemos vela em direitura aos mares que ficam para além do mar de Omã.Quis a vontade de Allah (seja o Seu nome exaltado!) que encontrássemos sempre ventos favoráveis, temperatura branda e mar bonançoso.Vinte dias porém já eram transcorridos quando uma tarde, depois da terceira prece, o "Jannab" - assim se chamava o nosso navio - parou junto a uma pequena ilha deserta e montanhosa que eu soube mais tarde chamar-se Hidifiã.Ao notar que havia a bordo, entre os marinheiros, um movimento anormal perguntei ao capitão Mubarak - homem experimentado no mar - se algum perigo nos ameaçava e qual seria a causa daquela parada intempestiva em tão inóspita região. - Bem se vê, ó muçulmano! - respondeu-me o comandante - que é esta a primeira viagem que fazes no mar, visto como ignoras que aqui paramos unicamente para dar a nossa esmola ao navio-mendigo!Por Allah! Fartas vezes ouvira dizer, em Bagdá, nas palestras com velhos marinheiros, que o mar é uma fonte inexaurível de preciosos ensinamentos e grandes imprevistos. Falaram-me de peixes gigantescos com faces humanas que voam sobre as ondas; de pássaros negros cheios de penas brilhantes que escondem os ninhos sob pedras, no fundo das águas; disseram-me também, que havia nos sete mares da China, cavalos monstruosos e serpentes terríveis que assaltam as embarcações e devoram os homens. Mil coisas ouvi, incríveis e espantosas, que povoam as narrativas da maruja; nada porém me disseram acerca de navios-mendigos! Não seria, talvez, a existência desses mendicantes marítimos uma dessas muitas lendas que vivem na imaginação impressionável da gente do mar?Estava eu assim absorto em tais pensamentos quando o "Jannab", depois de virar por davante, se aproximou da ilha. Vi então aparecer num pequeno canal, entre arrecifes, um navio tão velho, tão sujo, tão estragado que parecia realmente um mendigo do mar! A vela, que o vento enfunava levemente, estava suja e remendada; o mastro, apodrecido, pendia torto para um lado e mal-seguro por dois brandais negros cheios de nós. Do castelo-de-proa - já em ruínas - até a popa viam-se, nas dobras mortas, pregadas grosseiramente, por fora, pedaços de madeira e rodelas de couro, que cobriam completamente o casco da velha galera, Na extremidade do mastro, a fingir de bandeira, um molambo, escuro e disforme, agitava-se grotescamente ao vento.Encheu-me de dó o deplorável estado da mísera embarcação! Muito deviam sofrer os infelizes que nela viviam, afrontando, numa luta desigual, as intempéries e a fúria impiedosa das ondas de Omã.Ali está - disse-me o capitão apontando para o calhambeque - o navio-mendigo! Uma vez por ano, durante o inverno, ele sai deste refúgio e faz uma peregrinação pelos mares circunvizinhos, implorando uma esmola aos ricos veleiros que encontra!E, como os meus olhos não quisessem desfitar a miseranda galera, tanto a sua aparição me enchera o espírito de divagações e hipóteses, o capitão Mubarak bateu-me no ombro e disse-me pachorrento:- Aquela bandeira esfarrapada que agoniza no topo do mastro significa: - "Uma esmola pelo amor de Allah!"- Só há força ou poder em Allah, o Altíssimo! - balbuciei cheio de assombro- Quem poderia imaginar houvesse no mundo um navio em tão penosas circunstâncias?Nesse momento, por ordem do comandante Mubarak foi atirada ao mar uma grande caixa de madeira, que ficou a flutuar saltitando entre as ondas. Aquela caixa - conforme soube mais tarde - continha várias peças de roupas, víveres, armas e dinheiro, Era a esmola que a piedosa tripulação do "Jannab" enviava ao navio-mendigo!Algumas horas depois a nossa galera, aproveitando os ventos fortes que sopravam do sul, afastava-se da ilha de Hidijfiã. O navio-mendigo, segundo o dizer dos marinheiros, só poderia apanhar a valiosa caixa quando estivéssemos ao largo, bem longe.Sem poder, porém, dominar minha curiosidade, perguntei ao capitão quais eram os tripulantes do apodrecido barco que pedia esmolas entre as ilhas desertas de Omã!- São seres invisíveis e poderosos! - explicou-me o comandante. - Vivem no velho navio-mendigo sete djins benfazejos; esses gênios (que Allah os proteja!), pedem aos navegantes que cruzam estes mares um óbolo, um auxilio qualquer. O navio que não os socorre sofre tormentas e danos terríveis; aquele, porém, que dá a esmola pedida, encontra em sua rota um mar sempre calmo e ventos favoráveis!Aquela mitológica explicação do capitão Mubarak - confesso - não me satisfez a curiosidade. Algum mistério havia, com certeza, em torno do navio-mendigo, que o meu informante não soube decifrar.Viajava, porém, a bordo do "Jannab", um velho chamado Hussein El-Sahid, polígrafo famoso de Bagdá, que ia à índia ensinar um príncipe muçulmano a ler e interpretar os versículos mais difíceis do Alcorão. Interroguei-o sobre o caso, que feri com duas ou três incontidas chacotas. O erudito Hassein disse-me então em tom confidencial:- Deixa em paz, ó insensato, o navio-mendigo. Não procures destruir ou ridicularizar a encantadora lenda dos marujos persas, pois, embora no navio-mendigo não haja homens nem gênios misteriosos, as generosas dádivas, atiradas ao mar, vão servir exatamente àqueles que mais precisam!E, antes que eu perguntasse, por ironia, se era aos peixes-voadores ou aos cavalos-marinhos que as roupas, víveres e armas iam servir o prudente sábio prosseguiu:- Todas as caixas que se atiram à ilha de Hidijfiã são levadas por uma corrente marítima para a costa da Pérsia, perto de Chamir, e vão ter à praia. E os pobres pescadores que vivem nessa velha aldeia é que recebem todas as esmolas que os navegantes supersticiosos dão ao navio-mendigo.E concluiu, sorridente e bom:- A Lenda, meu amigo, com seus encantos e maravilhas é às vezes mais útil aos infelizes do que a Verdade com o seu rigor e a sua nudez!"

Fica a reflexão, para onde houver paciêcia e entendimento.
Até a próxima!

2 de abr. de 2009

Vamos Prever o Futuro?


"Vamos prever o imprevisível. Usar as preditas de qualquer coisa para criar parâmetros subliminares e pitorescos sobre nosso próprio destino.Os homens de meu tempo - e acho que de outros também - confundem usar a inteligência para prever comsuas pr´prias decisões precipitadas.Entenda: O futuro é algo que pode e deve ser mudado, alterado, tangido no próprio presente.Ha coisas que o Pai maior nos reserva por natureza; mas agora, neste tempo, mesmo os não místicos sãoescravos das conclusões precipitadas E DAS PREVISÕES MAL ELABORADAS.Juntemo-nos na seguinte vereda: o presente é o senhor verdadeiro do futuro. As colheitas são filhas do plantio.O amanhã depende do hoje, e todos que aqui estão são essenciais a alguma coisa.Não se escravizem do passado; não se ocupem em demasiado do futuro. olhem-se mais nos espelhos daconsciência e conversem com as possibilidades.trabalhe em prol de algo. Tantos são os que vivem simplesmente por viver... por criarem conclusões pessimistasa respeito do amanhã, vivenciam os temores dos diagnósticos precipitados.Nada compensativo começa imerso em facilidade. Toda dificuldade tem uma grande compensação e mesmo que não saibamosenxergar de imediato, a compensação provirá do amanhã. Esse pertence a Deus e as nossas ações, são as raízes de hoje que suportam os galhos de amanhã... sempre pesados, mas estruturados num presente bem vivido.
Não caia no erro de querer tomar o amanhã nas mãos. As boas lições são, normalmente, absorvidas imediatamente."
R. - 2.4.09


26 de mar. de 2009


"Hoje vou ficar em silêncio; o súbito suspiros dos sábios, que sofrem demais por enxergar as verdades que para o resto de todos são invisíveis."

O que será que mora além do horizonte?

25 de mar. de 2009



É tudo previsível! Hoje eu acordei meui Darth Weider... e nem sei se o nome dele é assim mesmo! rs...

Tempo(s) ruim(s) - Rodrigo S.


Tantos presságios, tantas pedras, tantos sineis. E eu cego.

Dizem que o pior cego é aquele que não quer ver. Engraçado como agimos assim perante grandes verdades quem nos assombram como nuvens tempestuosas.

Eu sinto tanto não ter podido ver algumas coisas; não ter sido forte a ponto de ter me erguido perante tantas ações malfadadas...

A verdade é que eu queria ter esse estranho poder de dormir e esquecer as coisas em meus sonhos; deixar pra lá simplesmente, encarar cada mudança como um recomeço ou uma possibilidade de fazer melhor. mas não é assim que acontece. Nunca.

O sol e a lua são sempre os mesmos para quem entende os astros de verdade. Acho que as ciências me deixaram pessimista demais. Estou o tempo todo prevendo algo de negativo e arrumando vacinas para doenças que por hora nem existem.

A medida desesperada talvez seja melhor que o prévio entendimento.

As estrelas brilham, os eventos do céu me encantam, o mundo gira afinal. E até sai do lugar segundo sei.

Mas a vida é realmente uma rocha muito difícil de se moldar. Os diamantes são cada vez mais raros. As catástrofes mais ameaçadoras. As estrelas mais nubladas. E as nuvens ainda são as mesmas, assim como a chuva - às vezes chove ácido, mas isso não é novidade.

Os raios caem nos mesmos lugares e as probabilidades, pouco contrárias.


Por favor: devolvam as vendas dos meus olhos!


E, por enquanto, Mário Quintana. Até...


"Tão bom viver dia a dia. A vida assim jamais cansa. E só ganhar, toda a vida, inexperiência, esperança. Nada jamais continua, tudo vai recomeçar!"

20 de mar. de 2009

"Passaros Negros do Outono..."


Saudações...

Lembro-me de uma situação em que fui surpreendido por barulhos na noite.... vinham de minha janela. Ao olhar, lá estava uma coruja! Olhei. Encaramo-nos... Fiquei pensando no significado deste inusitado fato. Como significado é algo que você empresta ao fato, decidi que a coruja era mensageira de algo maior. Veio, a coruja, lembrar-me da necessidade de ponderar, planejar, refletir, filosofar. Vou durante o outono filosofar. Aliás, filosofar, que é a arte de fazer perguntas, deveria ser inerente a todo ser humano. Lamentavelmente, não é. Estou firmemente convencido de que muitas das amarguras pelas quais passamos na vida, têm aí sua origem. Um dia de bons pensares e argutas perguntas a todos. Me lembra Galileu, quando me remete a uma clara realidade em nosso mundo tão repleto de pássaros pretos...


"Acredito que os filósofos voam como as águias e não como pássaros pretos. É bem verdade que as águias, por serem raras, oferecem pouca chance de serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os pássaros pretos, que voam em bando, param em todos os cantos enchendo o céu de gritos e rumores, tirando o sossego do mundo." (Galileu Galilei)

Um ótimo fim de semana a todos!

17 de mar. de 2009

Espero que gostem dos fragmentos que se senguem abaixo... soa meio egoísta, mas o que seria de cada um não fosse o próprio ego?
"Meu raciocínio é assim... Legenda: ..fruto do bastardo e orfão do encontro desencontrado de um momento com o acaso... eis o recém nascido! "... Creio eu que todo pensador acaba se destruindo de forma mais atroz que os demais homens humanos; Destrói-se com cigarros, com bebidas, com a noite, com o dia, com o sexo, com drogas ou com as próprias conclusões. O mundo é o fardo pesado demais para quem tira a venda dos olhos. O amor nos cega um pouco - fato. Mas o homem anda pelo mundo entorpecido por sensações hedônicas e tíbias. Mas o que nunca devia destruir ninguém é a opinião dos outros. E ela, caros amigos, bendita e nefasta em sua magnitude, ainda manda muitos para a fogueira... A palavra é de prata... o silêncio, de ouro!"

Rodrigo S. "Eu, contra eu mesmo"
"Eu sou meio complicado de entender de primeira. Até de segunda, ou terça-feira. As vezes sou simples como a água de um rio, ou furioso como uma tempestade. Um fóssil de meia-idade, cheio de vaidade. Vago de cidade em cidade: Egoísmo e caridade! As vezes sou nublado, outras ensolarado. Estrelado e cadente - sempre! Outras vento: nunca me contento... Violento! Ou pacífico como qualquer coisa que não morda... Que se exploda! Sonoro de violino ou solo de guitarra. Algazarra e ordem. Pássaros a migrar. Que se vão e que voltem! Outrora eu, agora outro. Amanhã? Um rascunho do sol que nasce: enlace! Senhores, querem saber a verdade? A única coisa certa em mim é amor..."
(...)

"Eu digo umas coisas estranhas ás vezes; negativas, escuras e mal-ditas! Mas entenda: é meu modo de descarregar isso. Não sou bom em digerir as coisas dentro de mim mesmo e nem em me comportar como se aquilo fosse subitamente desaparecer de dentro de mim, ou sair na urina, ou pela pele. Eu preciso vomitar, expor, gorjetar. Não consigo disfarçar nada em mim, sou um péssimo mentiroso. Sou um notório sincero-idiota; daqueles que de tão transparentes que se sentem meio nus em meio a multidão. Até o céu tem tempestades, ou o mar agride a terra, ou as nuvens descarregam-se sobre a cabeça dos homens. Sou tão sincero quanto as coisas do mundo, principalmente quando atingido. Hoje li uma coisa que me fez pensar; e muito. Um texto grande, porém daqueles históricos mesmo, de fazer mudar de postura perante o mundo; daqueles que agridem mesmo, e sopram com força pseudo-ideais de vida, arrancando à força a venda de nossos olhos, ou dissipando a névoa em volta! "

Rodrigo S. - "Santuário de Mim mesmo" - trecho



Até apróxima! ^^/

13 de mar. de 2009


"Nada sou sem meu amor; quando digo nada, falo do vazio de fato. Nada sou sem meu amor."

1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tivercaridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.

2. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios etoda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportarmontanhas, se não tiver caridade, não sou nada.

3. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e aindaque entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nadavaleria!

4. A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridadenão é orgulhosa. Não é arrogante.

5. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita,não guarda rancor.

6. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.

7. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8. A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguascessará, o dom da ciência findará.

9. A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita.

10. Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.

11. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança,raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas decriança.

12. Hoje vemos como por um espelho,confusamente; mas então veremos face aface. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu souconhecido.

13. Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, amaior delas é a caridade.


PRIMEIRA EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS - CAPÍTULO 13, VERSÍCULOS 01 A 13

Um ótimo fim de semana a todos, repleto de reflexão e paz!

12 de mar. de 2009


La Temperance XIV
"Conquista de uma estabilidade que abre a possibilidade de reequilibrar outras partes que ficaram menosprezadas - Status social mais adequado - status - Busca de um tempero maior na vida
A Temperança é o Ás do segundo naipe dos Arcanos Maiores. Mostra a conquista do trabalho do segundo naipe dos Arcanos Maiores. A tarefa de adequar suas capacidades dentro de um espaço social. A tarefa de adequar suas capacidades dentro de um espaço social.
Significa que a pessoa atingiu uma estabilidade maior. Conquistou um status, ou seja conseguiu integrar um jogo de personagens dentro do seu ambiente, podendo atuar exercendo seus dons. A tarefa passa agora a ser cuidar de outras partes que ficaram em desequilíbrio. Em busca de temperar melhor a vida.
Você está mais estável e agora vai poder investir em todo um outro lado seu. Sente-se seguro com o que já conquistou e para investir em outro estágio. E percebe que tem que acrescentar um tempero maior em sua vida. É uma carta que mostra que a pessoa está em busca de um equilíbrio maior, no desenvolvimento de outros setores da vida que não puderam ser priorizados até agora. "


Socorro!
Por que as coisas são tão difíceis as vezes?
A gente tenta prever, tenta fazer assume a certeza e de repente as possibilidades - ou as impossibilidades - detonam suas expectativas com força!
Muitos dizem que é sempre por um bem maior. Mas quando se está a beira do abismo de qualquer coisa é difícil acreditar.
É mais ou menos o que se pensa no ninho da águia, quando o filhote está prestes ao primeiro grande vôo, ou o suicida quando pensa em deixar tudo para trás. Aquele ponto dos últimos segundos antes da grande decisão, e todas as coisas coisas envolvidas...
É talvez esse um dos grandes mistérios divinos: enfrentar.
E que a próxima carta seja a força!
Até...
R.

11 de mar. de 2009



Fernanda Young Fala por mim... sirvo-lhes como entrada...

"Sou cheio de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimoso. Hipocondríaco. Raivoso, quando sinto-me atacado. Não como cebola. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreto nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chato, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham um chato, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat. " (Fernanda Young)


Abaixo o prato principal!

"Eu sou ácido; e gosto de ser assim. Prefiro agir sobre as substâncias do que ser corroído por outras! Ou diluído pela idéia incansável que tanto faz mudar de idéia... Eu mudo de ambiente, mudo de ares, mudo de forma - mas não mudo de essência! E se você quer saber de verdade, eu nem sou bom em mudar nada. O princípio de minha química é muito simples: eu não me misturo. Explodo, corrosivo e destrutuvo quando misturado a qualquer coisa Seja metal, semi ou nobre, ou ainda aquelas coisas prometidas cheias de elementos que ninguém descobriu ainda. Meu ligamento é mais duro, cansado de tanto dar de cara com as coisas da vida... Fundido, em brasa ou descansado - por hora até diluído! ...gasoso, intangível, venenoso... Felizes mesmo, são os pseudo-alquimistas, que andam por aí tentando fabricar ouro pra cobrir as coisas E não compreendem a sempre vã filosofia de quem veio ao mundo para ser uma força da natureza. "


Oh, sim; eu posso quebrar promessas...

10 de mar. de 2009





Deixo hoje Guimarães Rosa, ele fala por si só...




"Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens."




E eu ainda combatendo alguns demônios...!


Mas quem não está?Meus dias andam um tanto quanto estranhos, lentos, arrastados, como se não quisessem ficar para trás, ou como se quisessem marcar o presente com algo grandioso e assustador. Acho que quando se vive essas fases esquisitas de medos e anseios é mais importante que nunca se manter sereno para observar. As pessoas andam tão esquisitas, alheias e chinfrins, que mundo parece mesmo coberto por aquela névoa, aquele véu cegante de que a gente sempre ouviu falar, mas nunca acreditou.


Deus, como são poucos os que valem a pena! E tão poucos enxergam...


Eu tenho que aprender a falar menos...rs!








Mas como NUNCA em absoluto consigo falar menos, algo mais para servi-los...





"Não tenho uma paixão definida em minha vida: me apaixono por tudo que me envolve.Tudo que me seduz e me atrai como mariposa e lâmpada, rio e gôndola, ouro e olho.O gosto cítrico de me lançar na intensidade de qualquer coisa, sem temer a queda ou o pêndulo.Tenho paixão pelos dias, pelo passar das horas, até pelas dores, sim. Tenho paixão por cicatrizes, mágoas, e todas aquelas coisas que os enrugados dizem que nos fazem mais fortes.Me apaixono por qualquer coisa que me deixe mais eu, que me deixe mais agudo; por todas essas côncavas coisas que cavam vontades e desejos numa só cava de sentimentos - lasciva e desonesta, arrastando tudo que antes era só inércia.Sou desequilibradamente apaixonado pelas criaturas, não as foscas indiferentes, mas as que brilham em torno de mim, como estrelas da grande noite - de um só amanhecer.É mais ou menos isso que eu guardo por dentro. Assim que meu coração bate, nesse ritmo."

9 de mar. de 2009





"Tento ser um cara normal; ainda estou tentando aprender a assoviar e estou obtendo êxito em ser alguém normal... sou mal-humorado quando acordo, e tenho um irreversível hábito de observar tudo a minha volta; e baseado em minhas observações tiro as minhas conclusões do mundo e das pessoas - em verdade, acho que sou um analista da natureza humana. Sou odiado por muitos, bem como amado por tantos. Mas o mais importante: onde quer que seja, deixo sempre uma marca! A coisa que mais gosto é ouvir, desenvolver, me aprofundar e falar sobre. Mas que fique bem claro: detesto psicologia e odeio psicologos! Aparento ser um cara frio, calculista e ordeiro: mas que se saiba, estou sempre girando por dentro, da forma mais caótica e avassaladora - ainda que nunca demosntre. Sou um poço de inseguranças e incertezas, e talvez seja isso que tenha me tornado tão observador. Sou individualista; me considero o meu maior mistério e vivo em busca de mim mesmo. Não gosto de pessoas apegadas e nem alienadas. Não é facil conseguir meu perdão; não é fácil conseguir meu respeito. Odeio qualquer coisa "made in USA". Amo diferenças; estuda-las, sabê-las e compreendê-las. Me considero sim um cara chato. Muita gente nesse mundo tem medo de mim... Gosto de rock por prefêrencia, mas sou bem eclético. Apesar de respeitar diferenças, abomino qualquer coisa que possa ferir meus ouvidos! Gosto de escrever e desenvolver assuntos baseado no que observo e ouço; tento ser o mais claro que posso, mas ainda acho que meus pensamentos e ações se encontram imersos em uma imensa sombra. Não me encontrei ainda, e acho que está longe o dia em que vou me encontrar. Sou rebelde por natureza e inconstante por incerteza. Meus maiores apegos são meus amigos, meu amor e meu trabalho. Três instituições simplesmente desabaram na minha vida e nada representam: Religião, Casamento e Família. Como todo e qualquer ser humano da face da Terra, estou sempre disposto a mudar de opinião, desde que os argumentos sejam melhores que os meus. Não sei perder. Não sei odiar, mas sei desamar; com uma dor que tenho medo de não suportar. A parte mais abalada dos meus sentimentos ´sem dúvidas, a minha confiança. Meu maior medo é perder a fé nas pessoas. Vivo meus sentimentos com toda intensidade, e quando ferido prefiro não revidar. Me torno vingativo ser for atacado por duas vezes no mesmo lugar. Detesto demagogia. Odeio hipocresia. Amo meus pais e meus amigos. Há sim pessoas insubistituíveis na minha vida, pelo menos 10 delas, pelas quais eu faria qualquer coisa no mundo. Amo fotografia, Design e Arte, detesto pessoas "rotuladoras" - não sou um produto a ser rotulado, ninguem é. Não sou hedonista: para mim todo momento se baseia num fundamento; caso contrário você se torna apenas mais um produto exposto na vitrine, para preencher aos caprichos de alguém; e isso definitivamente não combina comigo. Tento ser o mais intenso e transparente possível, mas há sim partes minhas que sempre serão só minhas, e que serão um eterno mistério a todos. Ate que se faça o contrário! =) Sem mais!" "Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar; a procura do conhecimento, e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." Bertrand Russell disse isso e eu apoio!"

Escrevi isso faz tempo... muito aina se aplica. Espero aqui compartilhas estes estilhaços de filosofia com você estranho, ou qualquer um mais que se deixe ao deleite...

Até...