26 de mai. de 2013

Tesouro secreto.

Sou virtualmente careta: raramente deixo muito claro ou muito público onde estou. Dificilmente digo com quem estou. Meu mapa público é pobrinho...(rs...). Minha casa nao tem marcação no 4square, só uso gps quando não sei onde estou. Para minha sorte eu quase sempre estou seguro de mim, de onde piso. Isso não me livra da rasteira, mss ao contrário dos que deixam portas abertas, eu uso chaves: poucas, seguras e seletas.
A graça de se mostrar de graça  talvez seja outra... muito menor - certamente - que a recompensa de ser reservado.

24 de mai. de 2013

Clichê?


"Impulso e Resiliência"



     Agora um leve passeio na física, na matemática e no português; resultado: química. Sirva-se.

     Impulso: Ato de impelir ; impulsão. Estímulo, incitamento, instigação.

     Na física ressalta-se: "O impulso sofrido por um objeto (massa constante) depende apenas das quantidades de movimento associadas ao instante antes da colisão e após a colisão, e não de quão rápido se processam as colisões que levam o mesmo estado inicial ao mesmo estado final. A exemplo considere um ovo abandonado em queda livre de uma determinada altura, primeiro sobre uma almofada, posteriormente sobre o chão. A massa do ovo é a mesma em ambos os casos, e provido que as alturas de queda - entre o ponto de soltura e o ponto de contato do ovo com o obstáculo sejam mantidas as mesmas - as velocidades do ovo após cair a distância em consideração também serão as mesmas, em ambos os casos."

     Fosse apenas a física que regesse as pessoas; fossem todos objetos inserindo e repelindo forças apenas. Mas há o coração. Não se sabe até hoje por que bate. Os impulsos elétricos que afetam seus músculos - aliás, únicos no corpo todo - são gerados de maneira misteriosa e inexplicável pela ciência. Teorias aos montes: nada provado. Mas o engraçado nos homens é como fazem coisas sem saber o porquê; sem saber de fato o motivo de se emaranharem em caminhos tão eloquentes e sutilmente suicidas. Repetir erros, por impulsos misteriosos e constantes contraditoriamente explicados em teorias absurdas de necessidade e evasão. Evasão esta que se remete ao bem estar do próximo. Nosso impulso inicial, o de sobreviver, o de agir em função de nós mesmos, embora nos mantenha de pé, nos carrega para os maiores abismos das pseudo-certezas da convicção humana. São muitos repetindo, continuamente erros em relacionamentos, em trabalhos, estudos, atitudes pequenas às vezes imperceptíveis, que são decisivas na matemática da resultante da existência. E quanto mais cartesiano se tenta ser, mais arestas aparecem em torno dos fatos. Aí, meu amigo, não há Pitágoras nem Miletto que resolvam o que já está feito. Tristemente vejo pessoas transformando a felicidade em algo complexo, ceifando colheitas previsíveis enquanto esperava sementes germinarem em ouro; e continuam semeando caoticamente frutos que se, por um instante, frearem seus impulsos malévolos e tão justificados, perceberão a obviedade de sua somatória.

     É isso. Fossemos então objetos sem sentimento, guiados por alguma força misteriosa e cumprindo leis da física sem saber o porquê.O problema veio dessa pergunta: "Por que?". Pergunta que tanto fazemos ao outro e pouco fazemos a nós mesmos. Queremos sim empregar força e sofrer pouca; sem saber que o movimento em si já compreende a mudança. Dê o seu melhor para ter o seu melhor. Não há mais fórmulas possíveis. Não há seguros. Não há certezas. Há apenas o que te impulsiona e o que você recebe de volta. Nada mais.
...


Nas palavras sábias de Joanna de Ângelis:
"Incessantemente, busca a tua identidade real, isto é, descobre-te para o Bem de ti mesmo. Constatarás que não és melhor nem pior do que os outros, mas, sim, o que te faças, isto contará. Com esta conscientização, perceberás que não tens direito a privilégios nem sofres abandono da Divindade.
Tudo quanto te ocorra, transforma em lição proveitosa para o teu crescimento espiritual, pois que para tal estás na Terra. Amealha todas as conquistas e converte-as em lições de sabedoria,com que te enriquecerás de bênçãos."
...


Há algo mais importante que a lógica: a imaginação. Mas se você se deixar escravizar por ela, e deixar que apenas sonhos tomem as rédeas de seus objetivos,  vai se prender a ideais furados, te levar a caminhos inexatos, te fazer cair em sofrimento desnecessário e gerar algo que você considera inútil mas, no fundo, você mesmo criou um demônio na garrafa, que, inevitavelmente, se liberta para devorar sua estabilidade.






"Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos, se não fora presença distante das estrelas!" 

Salve Quintana! Salve sexta! Salve LAR!





Há algo mais importante que a lógica: a imaginação. Mas se você se deixar escravizar por ela, e deixar que apenas sonhos tomem as rédeas de seus objetivos, vai se prender a ideais furados, te levar a caminhos inexatos, te fazer cair em sofrimento desnecessário e gerar algo que você considera inútil mas, no fundo, você mesmo criou um demônio na garrafa, que, inevitavelmente, se liberta para devorar sua estabilidade.






Tenho saudade de coisas indescritíveis, das quais me deixo ressoar apenas sorrisos, pois sem elas, nada seria do que sou hoje.


Tenho saudades de todos, saudades de tudo, mesmo estando longe. Espero que as palavras possam impregnar de doçura e discernimento seus espíritos.

R.






17 de mai. de 2013

Contra-indicações





     Certas poucas coisas em mim são enumeráveis. Normalmente as descartáveis. Não conto amigos, não peso, não descarto. 
     É fato que qualquer sentimento que não seja alimentado pela presença, torna-se filosófico; assim como os alimentados por ideais sutis de pretensão inconstantes com a realidade. 
Se sou amigo falo, acima de tudo o que penso, sem que haja julgamentos. Se sou amigo não escondo segredos ou "passo mel" em flechas antes de atirá-las, quando o tiro for inevitável e necessário. Se sou amigo sou aliado, e por ser aliado vejo de fora coisas que muitas vezes escapam ao espelho do bom senso. Espero que minhas verdades sejam balanceadas com posições e questionamentos saudáveis; não ter dedos como canhões apontados em direção a mim. Não espero segredos, desconfio de quem muda de 
comportamento sem se justificar em palavras; desconfio de quem guarda pra si por medo de machucar.

     Sim, a amizade, verdadeira e honesta, é blindada de tiros, mesmo os supostamente alvejados no peito. 

     O ser humano possui uma mania estúpida de se ofender por qualquer coisa.  De se doer com palavras que serviam apenas pra ajudar e confortar, ou por hora, orientar. De tomar para si o féu e descartar o mel, se debulhando em ferrões de abelha ao invés de simplesmente ouvir e discordar; o equilíbrio se tornou um conceito distanciado... Eu, nem sempre sou capaz de discordar sorrindo. Talvez seja esse meu próximo passo na evolução. No entanto, sinto tanto ser tantas vezes empunhado como um mastro de más interpretações do que digo, estigmatizando o que coloco como bandeiras piratas invasoras. A essa altura, a vida me obrigou um pouco a me recolher de quem não sabe ouvir; mas mais ainda, de quem não sabe falar. Um bando de carapaças carcaçudas andando em círculos em suas ignorâncias e conceitos, e intangíveis do que pode haver de melhor: a honestidade.

     Melhor um mau posicionamento, honesto, que a falsa doçura de aspartame dos culposos e culpados. E nesse unguento, não há sequer gotas de amizade. 


Best Regards!

Rodrigo S. 

15 de mai. de 2013

Perdão.






As pessoas se utilizam do termo perdão como forma de amenizar seus próprios deslizes e justificar, talvez da forma mais covarde, os atos de inconsequência e impulsos que elas mesmas não conseguem controlar. Há uma questão gigantesca acerca do perdão, seja como uma forma de redenção ou como um meio de prolongar erros e se esquivar através de justificativas. De mãos dadas com o perdão, anda a culpa, tímida e obesa, senhora das verdades ocultas que escondemos de nós próprios, mas que insistem em tombar as vendas dos olhos indiferentes que forjam os culpados.
Não se pode julgar ninguém. Mas existe uma certa linha quase indulgente de pessoas que precisam de perdão verbal, palavra formada e lançada como bala de canhão. O perdão aparece com o tempo, em atos, não deve ser pedido ou rogado, orado ou implorado. O perdão vem quando a raiva acaba, ou os sentimentos se amenizam, ou quando a balança das escalas de entendimento se equilibram em nova harmonia. Quando o "João bobo" para de oscilar. 

Perdoem-me, então, eu não queria chegar a conclusão alguma abordando esse assunto. Só ressaltar que paciência é tudo que nos basta para com o outro. Para si, o martírio é bem mais longo...

R.