9 de ago. de 2010

E não dou mais confiança pra ninguém com asas e auréolas!


Foi em 25/05/09 que ouvi:

"Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos." 

É de Confucio... e também, confuso. Mas vamos organizar e refletir a realidade nua...

Creio que passamos muito tempo esperando o melhor das pessoas e desperdiçamos muita energia nesse processo. 
Nosso potencial não depende de ninguém, muito menos daqueles que não correspondem às nossas expectativas.


Depende apenas de nós mesmos e as vezes de um pouco de sorte.
Esperar sempre o melhor do outro é burrice. Nossa felicidade só depende de nós. E felicidade mesmo está no aprendizado - que não ocorre sem o erro.
Os pobres de espírito sempre me condenam sempre que encerro algum ciclo de minha vida... talvez porque eu seja muito drástico em certos pontos e agudo em outros... e mais ainda inflexível em voltar atrás. Eu admito.
Sempre que opto por momentos de individualidade, quando estou em busca de mim emsmo, enfrento o cruel 
e delinquente cravo da opinião alheia.


Me busco porque quero ser melhor. Quero mover montanhas dentro de mim apara iluminar as sombras.
Amanhã serei melhor.
E por favor - há muita concha por aí achando que é pérola, e esquecem de buscar o seu melhor por dentro. 

Lamento profundamente pelos que exigem demasiado dos outros, e fazem tão pouco por si.


Vamos derrotados das circunstâncias: desdobrem seus espíritos e se encontrem de verdade!

Rodrigo S.

5 de ago. de 2010

"Tristão e Isolda..." (Uma das coisas mais perfeitas que já li...)


"Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve!
A sedução me escraviza à você ...
Ao fim de tudo você permanece comigo, mais preso ao que eu criei e não a mim .
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa ....
Você não tem um nome , eu tenho...
Você é um rosto na multidão , e eu sou o centro das atenções , Mas a mentira da aparência do que eu sou , e a mentira da aparência do que você é .
Por que eu , eu não sou o meu nome, e você não é ninguém ...
O jogo perigoso que eu pratico aqui , ele busca a chegar ao limite possível da aproximação.
Através da aceitação , da distância , e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa ...
Eu quero que você me veja nu , eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada , te denuncia , e te espelha...
Eu me delato , tu me relatas...
Eu nos acuso , e confesso por nós.
Assim , me livro das palavras,
Com as quais você me veste ."

PRECISO -MESMO - REAPRENDER VELHAS LIÇÕES... PALAVRAS ANTIGAS, NUNCA ANTES TÃO PRESENTES...



Mesmo assim, mesmo ( ou O soneto da redenção )


Mesmo se perder-se todas as alegrias apararentes
Alegrias de verdade nunca se perdem.
Mesmo que o dia amanheça cinzento ou faça frio
O Sol ha de voltar;
E se chove pois, ainda nuvens há
E mesmo que seja noite as estrelas estão sempre lá...

Mesmo que os instintos gritem pelo mal,
O bem é a única verdade.
Mesmo que haja saudade ou cidade:
Saudade é prova que foi bom.
Cidade é toda parte.
E mesmo na dor da partida...
Que venha a certeza sutil!
Pois mesmo para a chave há o portão.
Mesmo que haja o erro,
Se não há desculpa há o perdão
-por vontade ou por condenação!-
Mesmo que não tenha havido amor,
O desejo de amar fará que ame verdadeiramente cedo ou tarde!
Mesmo que não haja desejo,
Haverá outras tantas formas de se estar!

E que mesmo ainda não seja suficiente o tempo,
O espaço nos oferece o infinito;
O coração a eternidade de vidro.
Se mesmo assim não for lição,
Vale um sonho ou a doce rima que são...
Mesmo que haja decepção.
Seja vivido e aprendido então!

Mesmo que tenha que correr, os ponteiros correm mais...
A fenda das horas consome a lembraça, vendo e desvendo:
E leva consigo o sentimento...
Mesmo que amanhã se julgue perdido,
A manhã será encontrada!
Mesmo que se fechem as cortinas antes de nossa entrada.

Mesmo assim, sempre seremos.


Por Rodrigo S. em 3.2.2008

1 de ago. de 2010

Sobre epitáfios, epifanias, vinho tinto e reticências...

ATENÇÃO: OS TEXTOS E CITAÇÕES ABAIXO PODEM PROVOCAR VERTIGEM PARTO PRÉ MATURO, INSÔNIA, DELÍRIOS E INCONSCIÊNCIA TEMPORÁRIA!
Essa busca desesperada pelo sentido de qualquer coisa... e olha que são tantas coisas pra entender que me sinto cada vez mais burro! Mas a longo prazo isso passa; é um lapso que brota de repente sem que se peça, um despedaço da realidade onde acabo olhando pra tudo e perguntando "-...o quê?" Com tom de revolta mesmo... E fica aquele ar de coisa, de coisa pensada, premeditada - mas não é. É súbito que nem chuva de verão (daquelas que estragam nosso dia de praia).
Tenho que adimitir que sempre fui guiado por fatos, com a premência de benficar e inspirar, ações baseadas em fadas, em contos e às vezes até em bruxaria. Com coisas que passam da medida, esfriando cadáveres e conservando palavrinhas pra escrever os epitáfios.
Veja bem, eu não sei se você está me entendendo, ou se estou criando alguma coisa vaga demais pra ser alcançada, mas vivemos fazendo coisas bonitinhas pra depois enterrar em velórios intermináveis, de tantas coisas que enterramos por aí; talvez esse texto seja só mais uma dessas flores de finados que servimos aos vermes sobre todos os túmulos de tumultos que resolvemos sepultar. E enterramos com o mais belo e frio dos epitáfios! O segredo mesmo está em enterrar esse serial killer dentro de mim  - que enterra os fatos - e deixar certas coisas, mesmo que meio mortas, meio vivas, sempre num lugar visível, como um mural de souvenirs de coisas que ou você esquece, ou aprende com elas. Estátuas não falam, mas existem para serem admiradas e mais ainda pra lembrar certas pessoas.
Ponto final... Final. Porra!
Quanto aos vinhos e queijos sempre estiveram aliados às viagens... Aí de repente eu bebo demais, amanhece e eu me lembro da faculdade...(risos)
Foi uma piada interna, mas piadas internas fazem pensar...
mais um ponto em que estou sempre me lembrando do vinho e esquecendo das uvas... embriagado não lembro de fruta nenhuma! E queijo me dá azia... (risos)
E mais um dia, mais um momento, hoje domingo e eu escrevendo... todos dormindo. Eu acodando. Filosoficamente poética essa narrativa não? (Mais risos)



(Fernanda disse antes, mas eu queria ter dito primeiro:) Eu? Eu não sou somente bom. Sou um cara muito bonito. Generoso e lindo – e quem agüentar, agüentou. Como prêmio, terá meu amor. Saberá da minha verdade. Dará boas gargalhadas. Mas terá que suportar uma boa dose daquilo que sinto. Pois, apesar de tudo ser diversão, nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu. (Ela é mais Young do que eu!)
Deveria ter uma tabela antipaixão como as que fizeram para os tabagistas. Marcaríamos um xis nas vezes em que pensássemos no outro... E existir é o melhor que tenho a fazer, posso estar bem comigo e ser generoso comigo mesmo.



Esqueçam tudo isso, tomem um banho e durmam. O que tem, aí em cima, se assemelha apenas à vômito. daqueles fedidos entranhados no tapete. Droga.