28 de set. de 2012

(Nonsense)



Último fim de semana na casa dos 20...
Boa sorte, seu puto!
A grande aventura da sua vida está prestes a começar.
(Cada coisa...)

Fiz um desejo...



Quero perto de mim gente que seja boa. Que tenha dúvidas, mas não seja perverso. Quero perto de mim pessoas caretas, conscientes de suas emoções, fraquezas e limites, que sentem as emoções individualmente; pessoas que separam, que são práticas, que são diretas, honestas, que marcam e aparecem, que não se esquecem nunca dos bons e dos maus momentos; que, ainda assim, saibam se curar; pessoas que consideram, que amam, que não tenham vergonha de gargalhar ou chorar, que ligam, mesmo que seja a cobrar, que não se acomodem nas queixas; pessoas que tenham várias facetas, todas à mostra, que não fogem, pessoas que falam pouco e demonstram muito.
Quero sim ter meus conceitos, e até alguns preconceitos, pois é isso que ensina a aprender e nos faz aprender a ensinar. Quero enfim, ser confrontado sem ser atacado, ser até incompreendido algumas vezes, mas não que isso seja usado como arma, pois de covardia as esquinas estão lotadas, mas é de valores que o mundo carece!


R.

26 de set. de 2012

- SORTE -



Bateu um vento, um vento forte. Sacudiu tudo, mas levou todas as nuvens.
E, apesar do frio, eu consegui ver a lua e todas as estrelas sorriram pra mim.
De tanto olhar o céu, eu vou acabar aprendendo a voar...
...



Euforia é, normalmente, sinal de grande desespero!
Melhor sentir cada sentimento na sua totalidade e digerir cada ideia a seu tempo que se entregar a maré do torpor e casualidade.
Somos injustos conosco e com quem nos ama, sem perceber, e isso é raiz de todo mal...
...


...assim ficou o dito pelo não dito? O truque pelo desfrute? O que foi pelo que virá? Seria ele assim tão burro a ponto de não enxergar o que está diante de seu nariz? Seriam tantos anos e tanta troca ainda insuficientes para saber seu coração, de longe, de cór? A astúcia, tão pressuposta, agora tão inimiga do amor?



Nos "quase 30", já fiz quase tudo que precisava fazer...





"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!"


Ps: ...reza a lenda que esse texto pertence à Sr. Lispector, mas há controvérsias.
De qualquer modo, eu roubei.


19 de set. de 2012

Desatar nós de marinheiro.



É um tempo esquisito pra mim, de abandonar velhas coisas, varrer ruínas, e abraçar novas estruturas. Novas fundações, novas esperanças, renovar. Está sendo muito estranho pra mim ver certas pessoas partirem pra sempre, outras sumirem no horizonte, outras apontarem como grandes sóis - e graças a Deus meus sóis não são apenas um. 
É esquisito, podar a árvore para que ela possa dar frutos. Mais esquisito ainda quando você vê essa poda acontecendo em você, em seus galhos, e se vê obrigado a varrer as folhas secas do jardim, mesmo quando elas possuem aquele tom de decoração, aquela dramaticidade gostosa do outono. Mas o outono acaba e é preciso ver a grama verde. Não nos bastamos em nada, precisamos estar girando as alavancas do mundo à nossa volta, como quem gira, enguiça e encaixa engenhocas. Mas essa velha máquina tem limites, espaços, vãos entre os dedos, e certas coisas nos escapam. O que não se move por si só, não tem vida própria. Não garante seu lugar em lugar algum, menos ainda no coração. Deus me livre ser uma folha morta ao sabor do vento, passeando em milhares de jardins, varrido de tempo em tempo ao sabor amargo de qualquer lugar. Deus me livre ser uma peça velha, em desuso; obsoleta pela própria existência. É preciso se renovar para continuar vivendo, se amputar de velhos hábitos, se despir de lamentações. Umas poucas coisas, eu garanto, serão pra sempre. Laços de espírito. Mas outras devem partir, devem seguir o vento, enquanto eu finco as minhas raízes, bem fortes no solo, pois é esse o único modo de alcançar o céu: crescendo. 
Foi dada a largada. "Largada".
Que sejam os melhores frutos, e que o mar me seja generoso nesse novo lançar de rede.

18 de set. de 2012

Talvez.



Talvez a gente nunca saiba quantas noites olhou a lua desejando a mesma coisa.
Talvez a gente tenha contado estrelas antes do amanhecer esperando um sol que de fato nunca nasceu.
Talvez a gente não se lembre direito da cor dos olhos um do outro.
Talvez a gente nunca chegue num ponto de equilíbrio entre nós, um ponto de entendimento, de inocência de sentimento, de santidade. Eu não poderia pedir nada menos que isso, juro.
Talvez a gente pense um no outro antes de dormir, e antes de acordar...
Talvez a gente saiba, secretamente, que as coisas podem ser mais simples do que todos os incrementos de problemas que a gente cria na quase tangível ilusão de ser feliz, de se preencher.
Talvez a gente possa rir ou chorar um do outro.
Talvez há muito tempo tenhamos jogados nossas qualidades num canto, sem nem perceber.
Talvez já não haja mais tempo e ponto.
Talvez não seja possível discernir esse eu e esse tu tão estranhos nesse tempo verbal imbecil em que a gente se conjuga. Todo esse passado, todo esse talvez, essa dúvida na terceira pessoa do singular, esse manto de coisa que a gente coloca pra fingir que são fantasmas, mas não são. São carne, sangram e choram. São santos!
Talvez a gente não seja nada, em meio a nada. Dois "nada" tentando se tocar na névoa entre lençóis molhados, encharcados de idéias errôneas e repelentes.
Talvez nossa distância seja apenas infinita. Talvez.


Talvez eu precise cortar os cabelos também.

R.

10 de set. de 2012

Gosto...

Embora não pareça, eu gosto da troca. Tenho um enorme apreço pela compreensão e pelo comum. Gosto de biscoito doce. Gosto de quem tenta me entender, me conhecer mais a fundo, mesmo sabendo do emaranhado de coisas que carrego debaixo da roupa clara. Gosto de quem não pula do barco. Gosto de rock, gosto de animais, converso em segredo com Deus. Gosto de passar a madrugada acordado, de dias chuvosos na beira da praia, de trilhas sem mapa. Da cama desfeita e do meu sofá de couro. Gosto de gente honesta, mesmo quando tento não gostar. Tenho meia dúzia de tabus escondidos num baú no canto da copa. Gosto dos meus livros, de folhas A2, de sabonete de erva-doce, fotografia, nanquim e ilustrações sem sentido. As poucas coisas que rejeito na vida, guardo numa pareteleira no alto, sem bula, sem rótulo e sem posologia, porque futuramente eu posso precisar de uma overdose. Eu tenho casca porque posso me esvaziar, vazar no chão da calçada e ninguém nunca mais me ver. Gosto do sol das 7, de torta de limão e cerveja no buteco. Gosto da simplicidade quando ela é bonita! Pouca gente sabe: meu coração é feito de manteiga.